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Campanha de adoção de animais é promovida em Portugal

4 de julho de 2010
2 min. de leitura
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O grupo SOS Animal promoveu hoje, 04, em Belém (Lisboa, Portugal), uma nova campanha de adoção, procurando alterar a diminuição do número de famílias interessadas em ter um companheiro de quatro patas,  registada nos últimos anos.

No final da manhã, uma equipe de voluntários chegou aos jardins de Belém com cerca de uma dezena de cães, que rapidamente atraíram os olhares e alguns afagos de quem passeava na zona, sobretudo dos mais novos.

Entre eles estava o menino Lourenço, ainda de poucas palavras, mas com um sorriso suficientemente expressivo para mostrar a sua alegria com a sua nova amiga Clarinha, uma cadela de quase quatro meses.

“Vamos levar esta cadelinha para fazer companhia a uma que temos em casa, mais velha, e para brincar com o pequenino”, disse o pai, Ricardo Monteiro, que mora numa vivenda na capital.

Sobre a importância da idade da cadela, o novo tutor admitiu que ajudou na decisão: “Pelo menos para se habituar mais aos hábitos da casa, das pessoas, acho que facilita”.

Marco e Diana também decidiram acolher em junho Sagres, um cachorro de dois meses que, tal como a maioria dos animais do SOS de Lisboa, era do canil municipal.

“Há muita gente que compra animais e vai buscar raças especiais, mas um cão de qualquer raça é um cão. Nestes casos é uma grande ajuda para os animais, aconselho a toda a gente”, afirmou Marco, que levou o Sagres a visitar a equipe do SOS.

Apesar de todas as adoções serem bem vindas, a voluntária Cristina Oliveira lamenta que a procura recaia sempre sobre os animais mais novos e sublinha que, ao contrário do que geralmente se pensa, os mais velhos não são difíceis de educar, e apegam-se fielmente aos tutores.

“A partir de quatro, cinco ou seis meses já é difícil doar, as pessoas são mais renitentes em levar”, explicou a voluntária, acrescentando que o grupo tenta primeiro entregar o maior número de filhotes (como aconteceu em Belém) para se ocupar depois dos adultos.

Ainda assim, adiantou, o interesse nas adoções tem diminuído de forma geral – no ano passado e no primeiro semestre de 2010 foram particularmente preocupantes, com “poucos animais doados e muitos devolvidos”.

Cristina Oliveira não consegue encontrar os motivos para a tendência, mas diz que as campanhas não têm sido bem sucedidas, já que a maioria das pessoas brinca um pouco com os animais, mas acaba por deixá-los para trás.

Por isso, o núcleo de Lisboa vai continuar a promover campanhas no primeiro e no terceiro domingos de cada mês, respetivamente em Belém e no Alvito, em Portugal.

Fonte: IOnline

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