Por Adriane R. de O. Grey (da Redação – Austrália)
Não são credenciadas empresas que apresentem em seus artigos cosméticos componentes que sejam:
● substâncias derivadas de animal, morto especificamente para prover estes ingredientes;
● substâncias extraídas de animal vivo que precisou ser submetido a dor ou desconforto para sua extração;
● substâncias derivadas de animal silvestre ou exótico;
● subprodutos da indústria de peles;
● subprodutos de abatedouros.
A CCF somente credencia indústrias que tenham como fornecedoras e subsidiárias outras empresas também por ela reconhecidas e habilitadas como cruelty free. As companhias que quiserem credenciar-se à CCF devem assinar um contrato em que se comprometam a seguir suas regras rigorosamente por, no mínimo, cinco anos.
No ano passado, a CCF contatou a ministra da Saúde e do Envelhecimento da Austrália, Nicola Roxon, para requerer que a legislação do país fosse alterada seguindo as mesmas determinações estabelecidas pela sétima emenda que modifica a diretiva “Cosméticos” na União Europeia, decretando em todo o continente o fim da comercialização de cosméticos ou substâncias usadas nestes produtos que tenham se usado da vivissecção para sua fabricação até março de 2013. Roxon recusou sua solicitação.
Sem esmorecer, a CCF lançou no Dia Internacional dos Direitos dos Animais uma grande campanha visando sensibilizar o governo australiano. Iniciada pela veterinária Katrina Warren, famosa por sua participação no seriado de TV Harry’s Practice, a CCF distribuiu mais de 15.000 postais com mensagem antivivisseccionista já impressa endereçados à ministra, para que todos os apoiadores e simpatizantes desta causa assinem e enviem-nos a Nicola Roxon. A CCF espera que a ministra reconsidere sua decisão depois que encontrar sua mesa coberta pela correspondência dos ativistas.
Foram igualmente distribuídas 7.000 cópias do livro Cosméticos sem Crueldade para escolas e público em geral, no qual se esclarece o conceito de vivissecção e se apresentam procedimentos alternativos a esta prática, além de comentários sobre a legislação australiana e internacional relativa a esta questão.
Diversas celebridades manifestaram-se em apoio a Choose Cruelty Free. A comediante e cantora Tracy Bartram, há muito ativista na divulgação dos direitos dos animais, ofereceu-se para ser porta-voz da campanha.
Hugh Jackman também envolveu-se na causa: “Minha mensagem para as empresas que testam (em animais) é que, a longo prazo, este procedimento será maléfico tanto para eles quanto para o seu negócio, porque esta não é uma maneira natural de viver. Eu apelo aos consumidores para que apoiem as empresas e produtos que não testam em animais. Por favor, conscientizem-se e modifiquem suas opções, porque apenas pela escolha adequada daquilo que compramos é que seremos capazes de mudar as coisas”.