Por Vitor Marinho (da Redação)
Esta semana, estudantes da Universidade do Texas (EUA) poderão se surpreender ao ver imagens chocantes de crueldades cometidas contra animais humanos e não humanos, e que fazem parte de uma campanha de quatro dias organizada pela Peta2 e Students Against Cruelty to Animals.
Os manifestantes organizaram uma exibição que compara imagens de crueldade contra animais a imagens de crueldade contra seres humanos em circunstâncias semelhantes. Os dois grupos estão trabalhando juntos para promover alternativas veganas e vegetarianas em alimentos e cosméticos, e para pôr um fim à experimentação animal na universidade, em Austin.
Imagens em tamanho real distribuídas em 10 pilares retangulares justapõem prisioneiros humanos e primatas enjaulados, uma pilha de cadáveres suínos e uma vala comum de cadáveres humanos, a marca de ferro em vacas e em escravos.
A exposição é parte do Liberation Project do Peta2, uma campanha nacional para chamar a atenção das pessoas às semelhanças entre a crueldade contra animais e o sofrimento humano.
Peta2 é a divisão juvenil do PETA, declarou a porta-voz Adrianne Burke. O grupo tem como público-alvo estudantes do ensino fundamental, médio e universitário e defende alternativas como opções vegetarianas em refeitórios e a eliminação da vivissecção animal em aulas de ciências, de acordo com Burke. O Liberation Project é direcionado às universidades e critica a forma como os animais estão sofrendo agora o que seres humanos sofreram no passado. Segundo Burke, Peta2 tem como alvo a juventude porque ela é “o futuro dos direitos animais”.
Kelly Sloan, diretora do Students Against Cruelty to Animals, disse que a exibição serve para instigar as pessoas a pensar sobre o sofrimento animal de uma forma diferente. “No passado, nós oprimimos pessoas porque pensávamos que elas eram diferentes de nós. As pessoas têm a mesma mentalidade contra os animais”. Sloan disse que as pessoas devem se preocupar com a crueldade contra animais porque quem abusa de seres humanos começa abusando dos animais, e a exposição conecta estas duas ações.
A estudante de biologia Abigail Young-Sing disse que as imagens são eficazes porque “chamam a atenção, fazem você pensar realmente sobre o assunto”. A estudante Eva Shonuga disse que nunca havia relacionado a crueldade contra animais ao sofrimento humano, e ela não sabia sobre o tratamento desumano em evidência na exposição.
Fonte: The Daily Texan
Nota da Redação: É verdade que a crueldade contra animais acostuma as pessoas a tornarem-se igualmente cruéis contra seres humanos. Mas é preciso ir além da preocupação egocêntrica com nosso próprio aperfeiçoamento e evitar causar danos aos animais em benefício deles, em respeito aos direitos à liberdade, à integridade e à vida que animais sencientes e insubstituíveis possuem – assim como nós, humanos.