Nesta semana, a Secretaria Estadual de Saúde informou aos municípios que continua suspensa por tempo indeterminado a campanha de vacinação contra a raiva em cães e gatos.
A Secretaria constatou, após investigação realizada pela Coordenadoria de Controle de Doenças e o Instituto Pasteur em parceria com os municípios, que a vacina utilizada neste ano no estado de São Paulo para a imunização contra a raiva foi responsável por reações adversas acima do esperado em animais vacinados.
Por isso mantém a recomendação de suspensão das campanhas de vacinação desses animais até que os Ministérios da Saúde e Agricultura decidam se é necessária à substituição dos lotes encaminhados a São Paulo ou mesmo do produto. A decisão dos órgãos federais é fundamental para que os municípios possam dar seguimento às campanhas, protegendo, assim, os animais contra a raiva e evitando que a doença retorne ao Estado.
De acordo com a veterinária do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Maria Angêla Dal Bon Salvador, o município não teve nenhuma reclamação de problema de reação das aplicações. “Vacinamos mais de mil animais até a ordem de suspensão. Até o exato momento, nenhum tutor reclamou de reações nos animais. Peço que os tutores fiquem calmos porque pode ser que nenhum animal de nosso município apresente complicações. Caso haja, favor procurar ao CCZ, na rua Adolfo Bacci, nº 90, próximo ao Centro de Saúde, ou ligar pelo telefone 3681 4008”.
A enfermeira do CCZ, Denise Rondinelli, explicou que a vacina contra a raiva humana (diferente do produto contra a raiva animal) continua sendo oferecida normalmente à população.
Ainda sobre o controle da raiva, Maria Angêla Dal Bon esteve esta semana, de 27 a 30, na cidade de Águas de Lindóia representando o município no 4ª Seminário de Controle da Raiva no Estado de São Paulo. O evento contou especialistas dos Ministérios da Saúde e da Agricultura e também das respectivas Secretarias Estaduais. O Dia Mundial da Raiva foi lembrado na terça-feira, 28.
Dois lotes
Foram distribuídos neste ano dois lotes da vacina Raipet-Biovet, adquirida pelo Ministério da Saúde, entre os municípios paulistas: os de nº. 59/2010 e 139/2010. No entanto, 77,5% das cidades receberam exclusivamente o lote 59/2010. Este lote também foi o único distribuído nos municípios de São Paulo e de Guarulhos, os mais populosos do Estado e responsáveis por 67% das notificações de reações adversas.
De 13 de agosto a 21 de setembro foram notificados 3.424 casos de reação em cães e gatos vacinados no Estado, dos quais 890 (26%) foram considerados graves, conforme critérios de classificação estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Das reações graves, 717 foram em gatos.
Fonte: Democrata