Em Assis (SP), um convênio entre a prefeitura e a Associação Protetora de Animais de Assis (Apaas) no valor de R$ 72 mil, por ano, é questionado por um vereador. Um dos representantes da ONG foi convocado para dar explicações sobre o uso dos recursos na sessão da Câmara.
O vereador Alexandre Cobra Vencio enviou um ofício à prefeitura pedindo a prestação de contas da entidade. O parlamentar alega que há outras entidades no município que recebem repasses bem inferiores. Para a Apae que atende a 191 crianças são destinados, por ano, R$ 52 mil e para o Asilo São Vicente de Paulo, que abriga 43 idosos, R$ 54 mil, por exemplo. Já a Associação de Combate ao Câncer não recebe nenhuma ajuda financeira da prefeitura.
“A ONG recebia R$ 6 mil e passou a receber R$ 72 mil e eles têm o trabalho deles, mas o que estou propondo é que a gente discuta isso, porque tem entidades na nossa cidade que cuidam de pessoas e também precisam ser incluídas nesses benefícios”, explica o vereador do PSD.
A Apaas é um dos cinco centros de recuperação de animais silvestres credenciados no Brasil. A ONG cuida de cerca de 700 animais como tucanos, maritacas, macacos, onças pardas e lobos guará que chegam à entidade feridos ou com mutilações pelo corpo causadas por incêndios em canaviais, em matas e porque foram atropelados em rodovias da região. Após receberem tratamento, alguns animais são devolvidos à natureza.
“A área de atendimento da Apas vem desde São Carlos, Botucatu, Araraquara, Araçatuba e às vezes até o norte do Paraná se beneficia dos trabalhos realizados aqui ”, explica o diretor da ONG, Aguinaldo Marinho de Godoi
Para manter os animais alimentados, a ONG conta com repasses de duas empresas de Assis. Em abril deste ano, a Apas recebeu a primeira parcela do convênio com a prefeitura de R$ 36 mil, valor retroativo aos meses deste ano.
O dinheiro, segundo o diretor da ONG, é usado para pagar os salários de dois funcionários e para construir viveiros para abrigar animais de médio porte. O convenio prevê que a prestação de contas seja feita em outubro de 2015, mas também dá direito à prefeitura suspender o repasse antes dessa data.
Fonte: G1