Uma ONG pelos direitos animais emitiu um alerta para os tutores de raças com dificuldades respiratórias (BIBs), também conhecidas como cães de focinho achatado, devido ao clima quente.
BIBs incluem pugs, buldogues franceses, buldogues ingleses, boxers, Boston terriers e outras raças braquicefálicas. As ondas de calor causadas por mudanças climáticas podem representar uma “ameaça enorme” ao bem-estar desses cães.
Isso ocorre porque eles têm o dobro de chances de sofrer insolação devido às suas vias respiratórias pequenas e dificuldades respiratórias. Eles também têm 14 vezes mais probabilidade de desenvolver uma doença relacionada ao calor do que um labrador.
“Ofegante, falta de ar e respiração pesada, com a boca aberta, não são normais para os cães, e os BIBs estão em grave risco de danos em clima quente”, disse Elisa Allen, Vice-Presidente de Programas da PETA, em um comunicado. “A PETA pede a todos que parem de comprar ou criar cães com essas deformidades horríveis e ameaçadoras à vida e que tomem precauções para proteger aqueles pelos quais já são responsáveis durante as ondas de calor.”
Os humanos criaram cães de focinho achatado devido ao fato de que podem ser vendidos por muito dinheiro. Isso ocorre porque seus rostos achatados há muito tempo são considerados “fofos” e “na moda” pelos compradores potenciais de “animais de estimação”. Celebridades e redes sociais têm alimentado a demanda por cães braquicefálicos, com pugs sendo particularmente populares na cultura popular na última década.
Mas muitas pessoas que compram esses cães não estão cientes dos enormes e permanentes problemas de saúde que eles enfrentam. Como foram criados para ter os desejados rostos achatados, suas vias respiratórias são muito mais curtas do que deveriam ser. Isso significa que passam a vida lutando para respirar.
Muitos cães de focinho achatado não conseguem correr, perseguir uma bola ou até mesmo caminhar sem sentir dor. Desmaios e insuficiência cardíaca são ocorrências comuns nessas raças, pois vivem em um estado quase constante de falta de ar.
Embora tenha havido um declínio em sua popularidade nos últimos anos, milhares ainda são vendidos por criadores no mundo inteiro. ONGs em defesa dos direitos animais há muito alertam o público contra a compra desses cães, e o Royal Veterinary College afirmou recentemente que eles não podem ser considerados “cães típicos” por causa de seus problemas.
