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NOVA LEI

Califórnia (EUA) proíbe mutilação de garras de gatos considerada um procedimento cruel

13 de outubro de 2025
Redação ANDA
2 min. de leitura
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O gato Jack é tratado pela veterinária Janet Sosnicki durante uma clínica veterinária drive-through na Salem Animal Rescue League em Salem, N.H., em 27 de maio de 2020. Foto: Joseph Prezioso/AFP via Getty Images

A Califórnia, nos Estados Unidos, aprovou uma lei que proíbe a onicectomia, procedimento que remove as garras dos gatos — prática cruel que há décadas causa sofrimento a inúmeros felinos sob justificativas de “comodidade”.

A nova legislação, sancionada nesta semana, impede que clínicas e profissionais veterinários realizem o corte cirúrgico das garras, uma operação que consiste na amputação da última falange de cada dedo. Embora muitos tutores optassem por essa intervenção para evitar arranhões em móveis, o procedimento é uma forma de mutilação que provoca dor intensa, inflamações, alterações de equilíbrio e traumas permanentes.

Especialistas afirmam que a retirada das garras não é comparável a apará-las — trata-se de uma amputação óssea dolorosa, equivalente a cortar a ponta dos dedos de um humano. Além das sequelas físicas, os gatos submetidos à onicectomia costumam apresentar mudanças comportamentais associadas à dor crônica, como agressividade, medo e dificuldade para usar caixas de areia.

Com a nova lei, a Califórnia se junta a estados e cidades que já haviam vetado a prática, como Nova York, Maryland, Denver e Austin. A medida é vista por organizações de defesa animal como uma vitória ética e científica, que reforça a responsabilidade da medicina veterinária em proteger — e não mutilar — os animais sob seus cuidados.

A proibição também prevê penalidades disciplinares e administrativas para profissionais que desrespeitarem a norma, exceto em raros casos médicos em que a amputação seja comprovadamente necessária para preservar a saúde do gato.

A decisão é mais um avanço em direção ao reconhecimento de que os animais têm direito à integridade física e emocional. Em vez de alterar o corpo de um ser vivo por conveniência, a sociedade é chamada a repensar suas atitudes e a criar ambientes compatíveis com o comportamento natural dos gatos — seres sensíveis, independentes e dignos de respeito.

Informações de: SFGate

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