A superintendência piauiense do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu, nos primeiros sete meses de 2011, mais de mil aves, animais e répteis. As apreensões, a maioria delas em blitzen realizadas pela fiscalização do órgão, representam cerca de 200 animais a menos em relação ao mesmo período do ano passado.
Em 2010, os meses de março e junho registraram o maior número de apreensões, num total de 657. Já em 2011, até o momento os meses de janeiro e junho, com 531 apreensões, são os de maior número. Este ano, o Ibama também apreendeu 189 animais e aves abatidas, contra pouco mais de mil em todo o ano de 2010.
Para o chefe da Divisão Técnica do Ibama no Piauí, Gilvan Vilarinho da Silva, a redução no número de apreensões pode ser reflexo do aumento no nível educacional das pessoas em relação à preservação da fauna, mas admite que de repente a fiscalização pode conseguir apreender grandes contrabandos de aves e animais. “Temos parceria com a Polícia Rodoviária Federal e com a Polícia Militar do Piauí, que muito tem ajudado no combate ao tráfico”.
As penalidades para quem é flagrado com animais silvestres também têm contribuído para a redução da atividade. Além das penas administrativas, que incluem multa, a pessoa também responde pelo crime na justiça. Se o flagrante ocorrer em área de conservação, o crime passa a ser tratado pela justiça federal. A multa por cada animal é de R$ 500, mas pode chegar a R$ 5 mil se o animal estiver em risco de extinção.
“Se a pessoa não pagar a multa, seu nome será incluído no Serasa e enviado para a Advocacia Geral da União, que fará a cobrança e poderá até pedir o arresto de bens para quitar a dívida”, adianta Gilvan Vilarinho.
Segundo o chefe da Divisão Técnica do Ibama, as principais áreas de caça no Piauí são as regiões dos Cerrados e da Caatinga. Dos animais, o tatu é o mais perseguido. Entre as aves que são capturadas em maior número, estão canário, galo de campina, curió e papagaios.
Vilarinho esclarece ainda que o Ibama aceita entrega voluntária de animais, aves e répteis. Neste caso, não há penalidade para quem faz a entrega. Os interessados também podem ligar para a sede do órgão (86 3301 2426), que os funcionários se encarregam do transporte. Este ano, vários animais, inclusive macacos, já foram entregues por criadores.
Fonte: 180 Graus