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Cágados-mediterrânicos são devolvidos ao seu habitat natural, em Portugal

14 de julho de 2010
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Sete cágados-mediterânicos (Mauremy leprosa) vão ser devolvidos ao seu meio natural na próxima sexta-feira (16) pelo Zoomarine do Algarve (Albufeira), em Portugal, onde viveram nos últimos dois anos. Élio Vicente, biólogo marinho e diretor de Ciência e Educação do Zoomarine, disse que os animais vão ser libertados na Ribeira de Tôr, no concelho de Loulé, um local “onde foram já identificados outros exemplares da mesma espécie”.

Os cágados-mediterrânicos (em conjunto com os cágados de carapaça estriada) são espécies endêmicas ameaçadas, daí também a importância de todo o esforço que tem sido desenvolvido no sentido da sua reabilitação sempre que são abandonados ou encontrados em mau estado. Élio Vicente diz que os parques zoológicos portugueses “estão cheios destes animais”.

Estes reptéis são muitas vezes encaminhados para estas instituições pelas autoridades policiais – que os confiscam -, ou por particulares que os encontram feridos (por terem sido arrastados em enxurradas, atropelados ou mordidos por cães).

Só que a sua devolução ao habitat natural não pode ser feita de qualquer maneira e alguns animais infelizmente não podem mesmo ser devolvidos, sublinha Élio Vicente. “Aqueles que foram domesticados conviveram com pessoas e outros animais e podem ser portadores de vírus e bactérias que vão contaminar os animais do seu novo habitat”, alerta. Além disso, acrescenta o mesmo responsável, “muitos cágados simplesmente não têm capacidade de sobreviverem sozinhos, porque nunca aprenderam a alimentar-se ou a procriar”.

Élio Vicente alerta ainda para o fato de que animais não podem ser vendidos em lojas e feiras, como acontece. “Infelizmente, há muita gente que se dedica à sua captura nos rios e ribeiros para depois os venderem ou os guardarem em casa”.

Urgem, ainda, ações de sensibilização ambiental e maior fiscalização por parte das autoridades policiais.

Com informações do Jornal de Notícias

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