Um vídeo postado na plataforma YouTube mostra dois cães sem raça definida sendo arremessados em um lago e sendo comidos, ainda vivos, por crocodilos. Um dos animais tenta nadar e escapar, mas não consegue. Não há informações sobre onde o vídeo foi gravado. As imagens mostram um homem empurrando os cachorros com um pedaço de pau.
O vídeo foi publicado no canal “Pets & Animals #Trailers” e teve mais de 250 mil visualizações antes de ser excluídos após denúncias. Uma investigação realizada em agosto de 2021 por uma organização em defesa dos direitos animais aponta que as redes sociais YouTube, Facebook e TikTok lucram dinheiro com o engajamento de vídeos que mostram tortura de animais.
Em apenas três meses, a ONG apontou em um relatório que o YouTube faturou cerca de US$ 12 milhões (aproximadamente R$ 63 milhões). Durante a investigação, foram encontrados 5.480 links para vídeos de crueldade contra os animais no YouTube, Facebook e TikTok. A soma de todo esse conteúdo gerou 5,3 bilhões de visualizações.
Os principais países criadores desses conteúdos são Indonésia, Estados Unidos, Austrália, Camboja, África do Sul e Coréia do Sul. “Documentamos imagens chocantes de animais selvagens mantidos como animais de estimação e abusados repetidamente diante das câmeras. Gatinhos e outros animais jovens foram incendiados enquanto os filmadores riam”, alertam os autores do relatório.
Apesar das inúmeras denúncias, essas redes se comprometeram a banir esse tipo de conteúdo, mas vídeos de crueldade animal continuam circulando irrestritamente.
