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AMOR PROFUNDO

Cães selvagens africanos separados da família em Botsuana morrem com ‘síndrome do coração partido’

A condição atinge os seres humanos após o luto, por exemplo. No caso dos cães selvagens africanos, eles sofriam de extrema tristeza ao serem separados da matilha. Embora sejam animais resilientes e resistentes, também são muito emotivos.

26 de agosto de 2023
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Os vínculos que animais formam são complexos e repletos de empatia e amor. Em Botsuana, por exemplo, alguns cães selvagens africanos morreram em um centro de tratamento, mesmo depois de tratados. Segundo os tratadores, eles sofreram de síndrome do coração partido.

A espécie é uma ameaça à pecuária no país e, por isso, os animais acabam sendo perseguidos e atacados por fazendeiros.

“Tínhamos uma fêmea que caiu numa armadilha. Os ferimentos estavam cicatrizando, mas, realmente, ela não estava melhorando, e acabou morrendo”, contou Cole du Plessis, tratador da ONG Endangered Wildlife Trust.

Em busca de respostas, os funcionários do centro de tratamento examinaram todos os registros.

“A autópsia revelou glândulas suprarrenais aumentadas, lesões no fígado e úlcera ao redor do estômago”, disse du Plessis. Esses são sintomas indicadores de estresse, inclusive, em humanos.

“Descobriram que a causa da morte foi síndrome do coração partido, que é, na verdade, uma ruptura cardíaca, ou estresse ao redor do coração”, explicou o funcionário.

A síndrome do coração partido é uma condição que atinge os seres humanos após o luto, por exemplo. No caso dos cães selvagens africanos, eles sofriam de extrema tristeza ao serem separados da matilha para o tratamento. Embora sejam animais resilientes e resistentes, também são muito emotivos.

Foto: Ilustração | Freepik

Mas como tratar os cães resgatados sem causar altos níveis de estresse? Um dia, a equipe da ONG recebeu um chamado sobre uma cadela gravemente ferida por um fazendeiro. E, para evitar que a cadela, batizada de “Lágrima”, sofresse da síndrome, os tratadores tomaram uma decisão inédita.

“Resolvemos trazer todos os sobreviventes da matilha para ficar junto dela. Foram oito meses de reabilitação até a Lágrima se recuperar totalmente”, contou Du Plessis.

Com a família e amigos do seu lado durante a reabilitação, Lágrima teve a recuperação que precisava. Curada, ela e outros membros da matilha foram encaminhados para um parque protegido.

Após a descoberta, todos os cães tratados pela ONG Endangered Wildlife Trust passaram a ser cuidados na companhia de outros animais.

Foto: Ilustração | Freepik

Fonte: G1

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