Elisabeth Raboczkay
[email protected]
Fui chamada nesta segunda (16) para atender a uma cadela que estava no Instituto de Física da USP. Ela estava deitada e não se levantava. Ao chegar ao local, percebi que a situação era emergencial, apesar de não haver nada externo.
Levamos a cadela ao veterinário, e foi constatado que não havia nenhuma fratura, mas sim uma luxação na parte final da coluna causada por vassouradas violentas ou pauladas. Ela foi devidamente medicada e encontra-se comigo no momento. Algumas pessoas afirmaram que a cadela tem um tutor, mas até agora ninguém se manifestou ou veio buscá-la.
Os responsáveis pela ligação para que eu fosse socorrer a cadela se interessaram em saber do estado dela, e quando eu fui informá-los dos possíveis maus-tratos, me disseram que há outro cão no local que também tem sido vítima da crueldade dos funcionários do Instituto.
Quando fui informada de tal fato, fiquei indignada, e ameacei fazer um Boletim de Ocorrência contra o Instituto de Física caso eu soubesse que o cão havia apanhado novamente. Já há algum tempo eu tento resgatar esse cachorro, mas ele é muito arisco, e não nos deixa aproximar.
Em 2008, um professor desse mesmo Instituto foi acusado de jogar óleo quente e desferir golpes com objetos de madeira em cães que circulavam pelo local. Esse e tantos outros atos violentos contra os animais são uma vergonha para a universidade, referência em ensino no Brasil. Não se deve mais fazer vista grossa para tais crueldades. Todos tem que nos mobilizar para que algo urgente seja feito para reverter esse triste quadro.