Entre a noite da sexta-feira passada e a manhã de domingo, sete cães foram envenenados no Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. Os corpos dos animais foram encaminhados à necropsia e foi feito boletim de ocorrência na polícia civil, bem como notificação à polícia federal.
Em outubro de 2008 outros três cães também foram envenenados nesta área. Todos eles viviam no setor 4 do campus e eram cuidados por pessoas da comunidade universitária que realizam trabalho voluntário com os animais abandonados no local. Como a área do Campus do Vale é totalmente aberta, não há como impedir a entrada de pessoas que para lá se dirigem com a finalidade de abandonar animais domésticos.
O trabalho dos voluntários da Associação de Defesa Animal e Ambiental do Campus do Vale (ADAAC) faz parte de um projeto de extensão devidamente cadastrado na universidade e às custas do próprio grupo, que tenta minimizar o grave problema que é o abandono. Todos os animais são vermifugados, castrados, vacinados e encaminhados à adoção, mas, em se tratando de animais adultos, há demora em encontrar adotantes. Estes animais permanecem mais tempo no campus, mas sempre em busca de adoções responsáveis.
O grupo de cuidadores e membros do projeto registra total indignação pela brutalidade dessas mortes e pela covardia, pois o veneno é oferecido através de alimentos.
“Estavam com a boca espumando e sangrando. Pela experiência que tenho, foram envenenados”, lembra o caseiro Corso.
Três animais ainda estavam agonizando e foram levados por voluntários para o Centro, mas não resistiram e morreram. O caseiro e a mulher suspeitam que o autor dos envenenamentos tenha entrado na chácara por um matagal nos fundos do terreno.
Fonte: Clicrbs