Alexandra Pego
via IOL Diário
As ordens partem da Reitoria do Santuário, para que todos os cães que aparecem por Fátima, sendo adultos ou filhotes, tendo tutores ou não, sejam capturados pelos “seguranças” e colocados em uma caixa. Esta caixa está mesmo atrás do santuário, no local das oficinas. Ali ficam os cães durante algumas semanas, ao frio, à chuva de inverno e aos raios de sol no verão. Sem direito a comida ou água em um espaço mínimo, onde a maioria não se coloca de pé.
Existem alguns seguranças que não levam os cães capturados para este local, conseguem levar alguns para casa e adotam-nos, ou arranjam tutores entre os seus vizinhos, familiares e colegas de trabalho. Possuem bom coração estes que sofrem em ver os animais assim tratados, mas que se sentem impotentes com a ameaça de perderem os seus empregos.
No entanto, dois seguranças violentam cruelmente os cães, com foices de podar árvores, batendo com elas nas pernas dos cães, as quais ficam em carne viva sangrando e com grandes cortes dolorosos; em muitas das vezes as pernas são quebradas ou amputadas. Esses cães são posteriormente levados para esta caixa, permanecendo até que a carrocinha da Câmara de Ourém tenha tempo para os buscar. Lá, são colocados já muito debilitados para abate, e são então sacrificados em poucos dias.
Há informações também de que os cães que estão lá vivem os poucos dias que lhes restam em condições miseráveis. A Câmara Municipal de Ourém tem prometido (há muito tempo) a construção de um canil para recolher os animais abandonados e o não fazer abate deles, mas como não existe interesse da Câmara e nem a pressão das pessoas que abominam esta situação, a construção do canil de proteção aos animais se adia, e se esquecem desta promessa, gastando a verba disponível para esta construção em outras obras que lhes dão mais votos.
A FAA soube também que existe um engenheiro que reporta diretamente à reitoria do santuário, deixando veneno (de ação rápida) para matar os cães que são mais difíceis de serem apanhados. Não conseguimos acesso ao seu nome, mas sabemos que existe apenas um engenheiro com funções ligadas à área verde que circunda o santuário.
A situação se agrava ainda mais, de um tempo para cá. Os cães, depois de serem colocados na caixa, desaparecem antes que a carrocinha os busque, ou que tenha conhecimento de que eles estão lá.
Acredita-se que são abatidos por alguns trabalhadores do santuário, porque os cães latem à noite e incomodam os turistas, ou porque podem levantar suspeitas de os animais serem vítimas de maus-tratos em um local “sagrado”. Não se sabe quantos animais foram mortos até 13 de maio, com a vinda do atual representante da Igreja Católica, mas quem for até Fátima não verá nenhum cão, pois as ruas foram “limpas”, tal como é sempre feito com uma regularidade impressionante.
Esta é uma situação abominável, pela parte de quem se diz representante de Deus. Não é compreensível tamanha crueldade em um espaço que fazem de sagrado, e que eles próprios o profanam sujando-o de morte e sangue.
Para contactar o Santuário, e mostrar a sua indignação perante esta monstruosa atitude, peçam para encaminhar a chamada para a reitoria: 249 539 600
Ou o contato via web: http://www.santuario-fatima.pt/portal/index.php?id=2891