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Cães resgatados em operação histórica contra rinhas caminham para a reabilitação

24 de julho de 2009
2 min. de leitura
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Por Marcela Couto (da Redação)

Os 400 cães que foram resgatados este mês, durante a maior operação contra uma rinha de cães da história dos EUA, estão dando os próximos passos no caminho da reabilitação.

Um dos cães resgatados. Foto por Dave Weaver / Associated Press

A maioria dos cães resgatados são pit bulls e foram levados a um abrigo emergencial em St. Louis sob responsabilidade da Humane Society de Missouri. Amanhã será iniciado o processo de avaliação do comportamento dos cães, que será decisivo para definir as chances de reabilitação.

O tratamento dos animais está sendo focado na saúde física, através dos cuidados com feridas e vermifugação. Algumas fêmeas até já deram a luz desde o resgate.
Mas o teste mais importante começará na semana que vem, quando o foco serão as condições emocionais e os diversos problemas de comportamento, comuns em cães que foram explorados em rinhas.

O vice presidente da ASPCA (American Society for the Prevention of Cruelty to Animals), Dr. Randall Lockwood, será o líder da equipe responsável pela avaliação dos animais.

Os testes aplicados seguirão os padrões comuns a todos os abrigos. Os responsáveis deverão avaliar quaisquer tendências agressivas possíveis dirigidas a pessoas e outros animais, além de determinar como os animais reagem quando lhes são oferecidos alimentos ou outros estímulos e logo em seguida retirados.

De acordo com Lockwood, surpreendentemente, muitos cães vítimas das rinhas demonstram um grande empenho em superar o que passaram na mão de humanos, mesmo que jamais tenham sequer experimentado qualquer tratamento digno da parte de seus antigos “tutores”.

Na verdade, a capacidade de gratidão dos animais é uma característica que os torna eficazes em brigas, pois os cães que participam da rinha estão apenas fazendo aquilo que seus tutores pediram.

Os defensores dos animais fazem tudo o que podem para ajudar cães com problemas de conduta, mas alguns sofrem traumas tão profundos que nunca conseguem superar a agressividade que lhes foi imposta por humanos. Torna-se muito difícil manter um cão agressivo em um abrigo, já que o mesmo necessita de um local separado e cuidados específicos

Lockwood espera que o processo de avaliação dure cerca de uma semana. Após concluído, a equipe dará suas recomendações para a corte local, que decidirá o destino dos cães e quem poderá adotá-los.

Com informações de Los Angeles Times

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