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Cães militares: alguns honrados, alguns esquecidos

8 de março de 2010
2 min. de leitura
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Por Giovanna Chinellato (da Redação)

No Reino Unido, um labrador preto de 9 anos chamado Treo foi honrado com o Dickin Medal por seu serviço militar no Afeganistão. A medalha é o equivalente animal para o Victoria Cross. “Estou realmente muito orgulhoso”, disse seu parceiro, o Sargento Dave Heyhoe, que tem trabalhado com ele há cinco anos.

O dever de Treo era farejar explosivos, especialmente bombas à beira das estradas. De acordo com o Sargento Heyhoe, “ele é basicamente um detector de metais com quatro patas”. Ele achou cuidadosamente duas bombas que teriam sido detonadas, matando um bom número de soldados britânicos. Por esses feitos, Treo se tornou o 63º ganhador do Dickin Medal desde sua criação em 1943.


Imagem: Changes.org


A história de Treo é, de certa forma, comovente. Ele salvou vidas, foi premiado por isso e agora pode se aposentar e viver o resto da vida em paz. No passado, muitos cães militares não tinham essa sorte.

Durante a Guerra do Vietnã, os militares americanos contaram com mais de 4.000 cães. Esses animais recebem crédito pelo salvamento de mais de 10000 americanos. Mas quando a guerra acabou, foram taxados de “equipamento excedente” pelo Departamento de Defesa e largados para trás. Muitos morreram, e apenas cerca de 200 cães conseguiram voltar aos Estados Unidos. Aqueles que serviram com os cães ficaram devastados. De acordo com Fred Dorr, um ex-marinheiro que lidava com cães e atual presidente do Vietnam Dog Handler Association (Associação de Condutores de Cães no Vietnã), vários condutores ficaram tão traumatizados que desenvolveram sintomas de stress pós-traumático, “é como deixar seu filho lá para trás”.

Felizmente, as coisas mudaram desde o Vietnã. Um documentário do Discovery Channel, War Dogs: America’s Forgotten Heroes (Cães de Guerra: os heróis americanos esquecidos), atrai atenção do público para o fato de abandonar valentes cães. Em 2000, o presidente Bill Clinton assinou uma lei estabelecendo um programa de adoção de cães militares. Cachorros que trabalham no Iraque e Afeganistão agora têm uma chance de encontrar um lar quando voltarem para casa. E os cães abandonados no Vietnã agora têm dois memoriais para honrar seus serviços: um no March Air Force Base em Riverside (Califórnia) e outro no Fort Benning, Georgia.

Enquanto é ótimo saber que cães militares têm potencial para um futuro muito mais brilhante do que tinham no passado, é difícil ignorar as questões éticas e morais do uso de animais em guerras. É claro, isso leva ao debate ético e moral a respeito da guerra em dia, e isso vai muito além de uma postagem num blog.

Fonte: Change.org

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