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Cães ficam dois meses sem água e alimentos em Rio Claro

11 de abril de 2009
2 min. de leitura
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Moradores do Jardim América, em Rio Claro, interior de São Paulo, denunciaram atos de crueldade contra animais. Três cachorros ficaram dois meses sem água e sem comida em uma casa. De acordo com os vizinhos, a residência está abandonada. Um dos moradores foi preso e a mulher dele foi embora, deixando os animais da raça pitbull. Por causa do longo período sem água e sem comida, uma das fêmeas chegou a se alimentar dos próprios filhotes. A situação dos cães impressionou quem passava pela rua. Algumas pessoas tentaram dar alimentos pelo portão.
A água foi colocada na sexta-feira (10), quando o antigo morador, o borracheiro Cristian Ferreira Martins, conseguiu entrar na casa. Ele conta que técnicos do Centro de Controle de Zoonoses estiveram no local, mas não tomaram providências. “Eles falaram que só iriam retirá-los se fosse para matá-los”, afirma.
A Associação Protetora dos Animais recebeu uma denúncia e chamou a polícia para retirar os cães. “Eles comeram sabão em pó e a porta. Quando estive aqui, eles comeram 28 pães em alguns minutos”, afirma a presidente da associação, Roberta de Campos.
O macho que está em melhores condições continuará na casa recebendo os cuidados, até que a prefeitura tome providências. As duas fêmeas foram levadas para uma clínica mantida pela associação. “Eles tiveram muita perda de massa e gordura. Eles precisarão de um ano para se recuperar”, afirma a veterinária Beatriz Rodini.
Um boletim de ocorrência foi registrado. Os donos poderão responder por crime de crueldade contra os animais. A pena para quem comete esse crime é de seis meses a um ano de prisão. A dona da casa não foi encontrada. “Quando você pega o animal para criar você tem que saber que ele precisa de cuidados”, destaca Roberta.
O coordenador do centro de zoonoses de Rio Claro, Joziel Rebrigue, informou que não foi notificado sobre o caso e que, até o momento, nenhuma equipe foi até o local. A visita deve ocorrer na segunda-feira (13). Ele ainda explicou que o animal abandonado é recolhido e fica em observação por 90 dias antes da eutanásia.
No ano passado, nenhum procedimento desse tipo foi feito na cidade.
Fonte: EPTV

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