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Cães explorados como caçadores morrem envenenados em Portugal

7 de outubro de 2010
2 min. de leitura
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(Foto: Correio do Minho)

O alegado envenenamento dos três cães de um caçador de Amares aconteceu no feriado de terça-feira. “Aquilo que aconteceu não teria de acontecer” — disse ontem, amargurado.

Os três cães mortos, de nove meses de idade, tinham sido especialmente treinados para o exercício da caça.

Na terça-feira, com dois colegas seus amantes da caça, o cidadão de Amares — que nos pediu anonimato sobre a sua identidade — foi para a caça aos coelhos na zona associativa de caça do lugar da Ponte. Eram cerca das 8 horas da manhã. Ele com cinco cães e um colega seu com outros tantos.

Os três caçadores fizeram um intervalo para o almoço às 11 horas. Às 14h30 horas recomeçaram.

“Percorremos os mesmos locais, os mesmos sítios, os mesmos cantinhos. Não posso precisar se às 4 ou às quatro e meia os cães começaram a tombar. Três morreram de imediato e um outro não morreu porque botou fora algo que ingeriu” — explicou o caçador. “No mesmo local onde estivemos de manhã encontrava-se um pequeno saco plástico transparente com uma parte de um bolo de nata, onde o cão que gorgitou estivera a lamber o saco. Retirei o saco e pendurei-o.

Segundos depois caiu o primeiro cão e, enquanto se procurava o cão que faltava dentro da roulote , morreu o segundo cão. E hoje de manhã (ontem), por volta das 10,30 recuperei o terceiro cão morto” — relatou.

O mesmo cidadão disse ter participado os fatos à GNR de Amares, mas a corporação não nos confirmou tal diligência. ‘Aquilo que aconteceu não teria de acontecer. Quem o fez provavelmente observou-nos durante a manhã. E no espaço de tempo do almoço, discretamente, fez aquilo que fez” — acusou.

O caçador de Amares, de cerca de 40 anos, iniciou-se na atividade venatória há cerca de dois anos, por gostar especialmente de “ver os cães a trabalhar, não pelo ato de matar uma ou outra peça”.

‘Nao posso apontar a A, B ou C porque ninguém viu nada. Mas alguém teve tempo de o fazer. Seria muito complicado apontar o dedo a quem quer que seja”.
A situação dá-lhe agora para refletir. “Nos tempos que correm, com a mentalidade que há, não sei se vale a pena continuar” — concluiu.

Fonte: Correio do Minho

Nota da Redação: Um encadeamento de fatos tristes: um homem que comete o ato abominável de caçar animais, ainda explora cães para praticar os assassinatos, e um envenenamento destrói a vida destes animais também. Absolutamente cruel e desumano. Que ao menos a terrível tragédia sirva para que a selvageria contra os demais animais cometida pelo caçador seja interrompida.

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