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RIO GRANDE DO SUL

Cães estão sendo amarrados em estruturas temporárias por falta de abrigos

Os protetores temem que se ficarem soltos, os cachorros serão atropelados

11 de maio de 2024
Júlia Zanluchi
3 min. de leitura
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Foto: @ongpatasanta/Instagram/Reprodução

Cachorros resgatados no município de São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre, não estão encontrando um lar temporário por conta da lotação nos abrigos. Para que eles não fiquem soltos, correndo o risco de serem atropelados, voluntários tiveram que amarrá-los em carretas, postes e passarelas.

A líder da ONG Pata Santa, Ana Paula Schmitt, postou um vídeo em seu Instagram mostrando a realidade de mais de vinte cães que tiveram que ser presos nessas estruturas improvisadas enquanto não encontra um abrigo seguro para todos. A protetora afirma que a prefeitura não fez nada sobre a situação e ainda sugeriu que ela deixasse eles na rua.

Ana Paula explicou que, aos poucos, consegue deslocar alguns cães para abrigos em outros municípios, mas que a prefeitura anunciou que acolheria todos e não cumpriu. Além disso, a protetora disse que seis animais morreram atropelados na BR-116 ontem (10/05).

A prefeitura de São Leopoldo disse em uma nota que se preocupa com a vida dos animais também, mas que não esta dando conta de abrigar todos eles. “A cidade possui uma secretaria de proteção animal que vem atuando desde o início das enchentes de forma articulada com bombeiros, ONG’s, protetores e demais voluntários para garantir o que é possível diante do atual cenário. A estimativa é de aproximadamente 20 mil animais igualmente desabrigados, muitos desses desencontrados dos seus tutores pelas mais diversas razões”, disse.

Eles disseram ainda que pela falta de espaço, estão priorizando os casos de emergência. “Em função da superpopulação do abrigo, só estamos recebendo animais que estão correndo risco de vida e necessitam de tratamento urgente. Não existe estrutura nenhuma no mundo que consiga absorver a demanda de recolhimento que estamos absorvendo”, declarou o secretário e médico veterinário, Walter Verbist.

As autoridades explicaram que no momento procuram por mais locais grandes e fechados para utilizar como um albergue temporário e acolher mais animais.

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