Luvinha, Costelinha, Caramelo e Sabinão. Os quatro cães sem raça definida vão ensinar as crianças de Santo André (SP) sobre guarda responsável de animais. O projeto foi lançado na última quinta-feira (28) na Sabina Parque Escola do Conhecimento.
A ideia é que grupos de crianças de escolas particulares e públicas da região visitem a Sabina para aprender como cuidar dos animais, num espaço dedicado à atividade. A primeira turma está marcada para terça-feira. Ali, os alunos do Ensino Infantil ao Médio farão uma visita de cerca de três horas, divididas em duas etapas, com intervalo para lanche.
Segundo a coordenadora da Sabina, Silvia Fernanda Sanchez, a primeira etapa inclui passeio com os cães, além de abordar temas como a importância da higiene, do recolhimento das fezes, uso de guia, controle de pulgas, alimentação e combate aos maus-tratos e abandono.
Na segunda etapa, serão abordadas as doenças relacionadas aos animais, como febre maculosa (doença transmitida por carrapatos), raiva, leptospirose e dengue, que pode ser disseminada pela falta de cuidado com os potes de água dos animais.
Adoção
A medida é necessária, afinal, segundo informações do diretor do Departamento de Vigilância à Saúde, Nelson de Oliveira, há cerca de 80 mil animais abandonados em Santo André. Ribeirão informou ter 19 mil. As demais cidades não responderam. No Grande ABC, ao menos 2.000 são abandonados nas ruas mensalmente, segundo levantamento da Aspapet (Associação Paulista de Pet Shops).
No canil de Santo André há cerca de 100 animais, entre cães e gatos. “Conforme a lei, só podemos recolher os que estão doentes ou feridos”, explicou Oliveira. Em toda a região, são cerca de 400 animais nos canis, à espera de um lar.
Para diminuir esta população, o Parque Central, em Santo André, recebe domingo edição do Adotanimal. Estarão disponíveis para adoção, das 10h às 15h, cerca de 40 animais, entre cães e gatos, todos vacinados e vermifugados.
Castração
No Grande ABC, os programas de castração, que poderiam diminuir a população de animais de rua, atendem apenas cães e gatos que têm tutores ou que são comunitários. Mesmo assim, é preciso comprovar baixa renda ou aguardar mutirão.
Castrar um animal em clínica veterinária particular custa, em média, R$ 150, dependendo do tamanho e peso.
Ribeirão Pires informou que até o fim do ano deve realizar mutirão para castrar mais de 1.200 animais (720 cadelas, 500 cães e cerca de 80 gatos), incluindo os que vivem nas ruas.
Fonte: DGABC