Anna Maria Caetano
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Sou moradora do Rio de Janeiro e voltei no último domingo do feriado de uma viagem de lazer à Vitória. Fiquei maravilhada com a cidade, suas belezas naturais, sua prosperidade, sua culinária, etc, mas contrastando com tantos pontos positivos, ao visitar Barra do Jucu , logo que cheguei, fiquei impressionada com a quantidade de cachorros que encontrei perambulando pelas cercanias daquela bela praia.

Um em particular me chamou a atenção e, confesso que, ao olhá-lo comecei a chorar de ver tanto sofrimento e abandono: um cachorro branco, alquebrado, que andava pela areia, todo machucado (parecia sarna) e com sangue escorrendo pelas feridas abertas.

Quando passou por mim tenho certeza de que meu choro encontrou eco em seus olhinhos tristes que me pediram socorro, naquele apelo mudo que só os animais podem emitir, nos mostrando todo seu sofrimento pelos olhos e pela expressão. Por isso estou aqui, escrevendo a esta hora da madrugada, depois de um dia intenso de trabalho, mas sem conseguir dormir, me lembrando dele, ali, indefeso, contando com nossa solidariedade, nosso amor.

Estou pedindo socorro para ele! Por favor, respondam a este apelo! Estou dando voz aquele grito mudo, abandonado, que fica ressoando, pedindo, implorando por ajuda! Vi muitos cachorros ali, vi especialmente um outro cachorro, preto, que estava esquálido, magérrimo e que parecia meio louco de tanta fome, ficava correndo de um lado para outro.

Sei que a necessidade é muito grande, mas, por caridade, atendam àquele pobrezinho que esta em grande sofrimento. Ficarei eternamente agradecida se puderem me dar um retorno.