Que o cigarro faz mal à saúde dos seres humanos, todos já sabem. Mas estudos que começaram há cerca de 30 anos e concluídos recentemente apontam que os animais expostos à fumaça do cigarro também correm sérios riscos de desenvolver doenças graves e até morrer por conta do tabaco.
A Organização Mundial da Saúde encontrou cerca de quatro mil substâncias tóxicas no cigarro, dentre elas monóxido de carbono, benzeno, cromo, níquel e arsênio são as que mais preocupam.
O que agrava ainda mais a situação de animais fumantes passivos é que suas vias respiratórias são mais sensíveis do que as de seus tutores. Ou seja, a exposição do cão, gato ou pássaro à fumaça do cigarro é ainda maior, assim como sua inalação.
O risco aumenta ainda mais em cães com focinho longo, como das raças Doberman, Collie e Afghan Hound, que podem desenvolver câncer nasal mais facilmente. Já animais com focinho curto têm mais chance de desenvolver câncer de pulmão.
Os cientistas descobriram que há uma ligação entre os tipos de câncer e as características físicas dos bichinhos. Nos cães de focinho curto, por exemplo, a fumaça passa rapidamente pela via respiratória, fazendo com que as toxinas acabem se instalando no pulmão. Já entre os de focinho longo, a fumaça se aloja nas vias respiratórias do bichinho.
Como minimizar os riscos
O mais indicado é parar de fumar. Mas, se isso não for possível, os cientistas recomendam que o tutor do animal fume fora de casa ou crie áreas exclusivas dentro da casa para a prática pouco saudável, sem deixar, é claro, que os animais tenham contato com o ambiente.
As substância tóxicas também se alojam no pelo dos animais, por isso, escová-los e tosá-los ajuda na higienização dos cachorros e, principalmente, dos gatos, que têm costume de se lamber. Purificadores de ar e suplementos ricos em vitamina C minimizam os efeitos de células cancerígenas.
Para a análise mais detalhada e cuidados específicos com o seu melhor amigo, sempre é melhor procurar um veterinário de confiança.
Fonte: Ribeirão Preto Online