Cães e gatos também são vulneráveis aos problemas de pele causados pelo excesso de sol sem proteção, como eritemas, dermatites solares e até mesmo câncer. Por isso, precisam contar com o auxílio de protetores solares, assim como os seus tutores.
“Cachorros e gatos peludos estão mais protegidos. Porém, todas as regiões que são claras (rosadas) e que apresentam pouco pelo ou total ausência deles são mais sensíveis e normalmente ficam expostas. É fundamental usar o protetor no focinho, nas orelhas, no abdômen e na bolsa escrotal”, disse a veterinária Cleiser Kurashima, coordenadora de marketing da Pet Society, marca que comercializa produtos com FPS 30 (R$ 29) para animais.
A veterinária lembra que cães como boxer albino, pit bull red nose, cão da crista chinês e os gatos da raça sphynx são alguns dos que mais sofrem com a ação do sol. O uso não é recomendado apenas aos passeios mais longos durante o verão. Deve ser incorporado ao dia a dia.
De acordo com o professor Luiz Henrique de Araújo Machado, do Departamento de Clínica Veterinária da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu (SP), pode-se apostar em produtos para humanos ou específicos para animais. Prefira os de consistência líquida, de rápida absorção e menos oleosos. “Ainda não está bem estabelecida a questão do fator de proteção. Particularmente, sempre indico fator alto.”
Uma das dificuldades é evitar que os pets lambam o protetor antes da sua absorção, que leva cerca de 15 minutos. A dica de Machado é recompensá-los logo após a aplicação, com palavras de incentivo e passeios.
Além disso, os amigos de quatro patas precisam de banhos de sol, antes das 10h e depois das 16h. É importante para a síntese da vitamina D, da mesma forma que para as pessoas. Reaplique o protetor a cada duas horas, como indica o professor da Unesp.
Fonte: Terra