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Cães e gatos também podem desenvolver linfoma

11 de outubro de 2011
3 min. de leitura
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Foto: Divulgação/Animalivre

Os cães e gatos também podem desenvolver Linfoma, doença que já atingiu a presidente Dilma Rousseff e, mais recentemente, o Ator Reynaldo Gianecchini.

O problema é comum e entre os principais sintomas está o inchaço nos gânglios detectados pelo toque dos tutores e por exames laboratoriais

Pescoço, axilas, virilha, abdômen, tórax e pernas. Esses são os pontos onde estão localizados os principais gânglios do corpo dos animais. São eles também que merecem maior atenção na hora de descobrir seja em casa ou no consultório – se tudo está bem com a saúde dos animais, conforme explica a veterinária Paula Cava, responsável pelo Serviço de Oncologia do Hospital Veterinário Pet Care.

“O sistema linfático é composto por gânglios que são distribuídos por todo o corpo e interligados por finos canais que drenam a linfa. Os animais, assim como os humanos, também podem desenvolver câncer nesse sistema linfático e um dos principais sinais da doença é o aumento desses gânglios”, conta.

Popularmente conhecido como “íngua”, esse inchaço pode ser encontrado através do tato em pontos específicos, de forma generalizada ou ainda em exames laboratoriais.

“Para fechar o diagnóstico podemos utilizar exames como a ultrassonografia, o raio x, o hemograma, a citologia aspirativa e, em alguns casos, a biópsia do gânglio”, detalha.

Além desses, o Pet Care recomenda a avaliação da função renal e hepática e a contagem dos glóbulos brancos dos animais com suspeita de linfoma. De acordo com os veterinários do Pet Care, nos felinos a doença está normalmente associada ao vírus leucemia. Na maioria das vezes o fator que desencadeou o aparecimento da doença é desconhecido, principalmente em cães.

Tratamentos são eficazes

Os especialistas explicam que embora apresente risco como todo câncer, o Linfoma tem uma boa resposta ao tratamento e a quimioterapia usada não tem os efeitos colaterais agressivos que encontramos em outros tipos de tumores.

“A decisão de tratar o Linfoma nunca é uma decisão fácil de ser tomada, principalmente por que associamos o nome quimioterapia àquilo que já sabemos ou conhecemos no tratamento das pessoas com câncer, como queda de cabelo, perda de peso, vômitos e não raramente muito sofrimento físico e psicológico”, explica a veterinária.

“O objetivo do tratamento é controlar a doença e proporcionar qualidade de vida aos pacientes. Nos animais os efeitos colaterais das drogas usadas são muito menores do nas pessoas”.

O tratamento tem início depois de fechado o diagnóstico e de realizados os exames que irão fornecer informações do estado geral do animal e do grau de envolvimento dos principais órgãos e gânglios afetados. “No início as aplicações são semanais e no decorrer do tratamento passam a ser quinzenais. O tratamento completo normalmente é feito durante seis a 12 meses”, conta.

Ainda de acordo com a veterinária, as taxas de sucesso no tratamento são de 70 a 80%. “Nós temos vários animais tratados e em tratamento para Linfoma, sendo os cães o maior número e com melhor resposta”, diz.

“Geralmente dentro de uma semana após o início do tratamento já observamos uma melhora acentuada, com a diminuição visível dos gânglios que estavam aumentados”, finaliza.

Fonte: Animalivre

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