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CONTRASTE

Cães e gatos sofrem com o abandono e a invisibilidade nas ruas de Dubai

30 de março de 2021
Caroline Siqueira | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Pixabay

Dubai, uma das maiores cidades dos Emirados Árabes, é um destino conhecido pelo luxo. Prédios estonteantes, ruas lotadas de carros de valor milionário, pessoas usando grifes e pedras preciosas são algumas das características que os turistas avistam quando chegam lá. Porém, por trás de tanta riqueza, há uma triste realidade.

Centenas de cães e gatos vivem nas ruas de Dubai, abandonados e tratados como pragas na cidade. Os turistas são proibidos de alimentar os animais e os levarem para veterinários. A situação ficou pior ainda durante a pandemia, quando fake news foram espalhadas dizendo que os animais espalhavam coronavírus à população.

O lugar turístico sediará a Expor 2020, um evento que ocorrerá em outubro de 2021 a março de 2022, e o governo local decidiu promover “limpezas” nas ruas, que capturam os animais e se livram deles, da pior maneira possível. Alguns são levados ao deserto e são deixados lá, para morrerem de fome e sede. Outros são envenenados ou mortos de outras formas cruéis.

Foto: Bing

Algumas organizações em defesa dos animais, como a OIPA (Organização Internacional para a Proteção Animal), defendem os seres indefesos e cobram do governo ações de assistência aos pobrezinhos.

Ativistas também lutam para que esses animais recebam o mínimo de respeito possível. Fawaz Kanaan é um exemplo deles. Morador de Dubai há 22 anos, Kanaan procura mudar a realidade dos cães e gatos das ruas da cidade árabe.

Ele resgata os animais das ruas sempre que pode, mas as dívidas com veterinários são frequentes e sempre são pagas por doações. O governo da cidade, apesar de ter recursos, se nega a prestar serviços a favor dos animais.

Foto: ControStorie

Mesmo correndo o risco de levar advertências e multas, Fawaz não abre mão de ajudar os seres indefesos: “Vou continuar a ajudar os animais, aconteça o que acontecer comigo. Ainda existem tantos animais abandonados e perdidos por aí!”, ele conclui.

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