EnglishEspañolPortuguês

ALERTA

Cães e gatos podem morrer de calor? Veterinária lista cuidados para evitar acidentes no verão

20 de dezembro de 2023
6 min. de leitura
A-
A+
Foto: Ilustração | Freepik

Mascotes não só podem como já estão morrendo com o excesso de calor. Quando falamos em animais domésticos, logo pensamos em cães e gatos, mas pássaros, coelhos e chinchilas são animais extremamente sensíveis quando o assunto são altas temperaturas.

Para esses animais, a aproximação dos 40ºC é potencialmente perigosa porque eles não conseguem manter equilíbrio interno em função do calor e da umidade do ambiente. O que pode piorar a situação é que eles vivem em gaiolas, o que infelizmente os impossibilita de buscar refúgio em locais mais frios.

Animais que contam com mobilidade garantida, como os cães e gatos, procuram ambientes com revestimento frios e longe dos raios solares para conforto térmico. Mas, atenção: para alguns, pode não ser o suficiente.

Para quem tem pena de tirar aquele pelego que alguns cães carregam no corpo, como lhasa apso e yorkshire, deixe o conforto ganhar da estética. Além de se sentirem mais leves e livres, facilitar a troca de calor entre o corpo e o ambiente é uma forma de trazer bem-estar aos mascotes.

É lógico que ninguém quer se deparar com seu mascote morto em função do calor. Embora essa não seja a intenção de nenhum tutor, acidentes acontecem, ainda mais nessa época do ano em que as pessoas costumam estar atarefadas com metas de trabalho, festas e últimas provas escolares. Então, pequenos detalhes que podem salvar a vida de seus animais passam despercebidos.

Cabe lembrar aqui que, até poucas semanas atrás, nosso problema era o excesso de chuvas. Se antes o problema era manter o cachorro em ambiente seco, agora o foco deve ser ambiente protegido do calor — e muita gente ainda não se deu conta disso.

Idade e tamanho fazem diferença

Ainda que o tutor diga que há sete, oito anos, seu cachorro passa o verão no mesmo lugar sem maiores contratempos, lembre-se de que a idade também afeta a saúde e a capacidade de regular a temperatura interna do corpo.

Animais mais velhos, assim como os bem jovens, costumam sucumbir mais rápido ao calor. Lembre-se de que quanto menor o animal, mais fácil é ele morrer de desidratação. Então um gato ou um lulu-da-pomerânia perdem líquido mais rapidamente se comparado a um pastor alemão, por exemplo. Por conta disso, proteja seus animais filhotes do calor extremo ainda que eles queiram brincar no sol. Como são filhotes e inexperientes, têm mais energia para brincar e podem sofrer as consequências minutos depois.

Também existem particularidades que devem ser respeitadas. Para alguns animais, basta o vapor da água quente do chuveiro para passarem mal. E então, assim, sem aviso prévio, vem a surpresa: você chega em casa e vê a triste cena de um animal arfando desesperadamente ou deitado inconsciente no chão. E o que é pior: isso pode estar acontecendo já há alguns dias.

Por passarem a tarde trabalhando e voltarem apenas à noite, alguns tutores não testemunham a angustiante situação que pode ser ficar aguentando o calor durante horas em determinada peça da casa. E, dependendo do dia e da idade do animal, pode se tornar fatal.

Situações perigosas em dias quentes

Para evitar problemas, esteja atento às rotinas da casa.

– Falta de água fresca para beber;
– Casinha de madeira abafada em local que recebe raios solares nos horários que se aproximam do meio-dia;
– Verifique se já não chegou a hora de trocar a gaiola do passarinho de lugar. Do jeito que o calor está, até o sol da manhã pode ser perigoso;
– O mesmo vale para coelhos, hamsters e chinchilas. A gaiola deve estar em um ambiente fresco, o que não quer dizer escuro, mas livre da incidência solar;
– Lembrando que alguns animais só se adaptam a nossa rotina se viverem em ambientes refrigerados;
– Telhado de zinco e água quente potencializam os efeitos nocivos do calor.

Cães que ficam boa parte do dia na área de serviço ou na sacada

– Se, ao chegar em casa, seu mascote estiver cansado e arfando, o que pode ser em função do calor, preste atenção pois ele pode estar se recuperando de uma hipertermia;

– Jamais saia de casa sem verificar a água destinada ao consumo de seu animal. Nessa época do ano, eles bebem bastante, e não se surpreenda se tiver de oferecer quantidades duas ou três vezes maiores.

O que fazer se o animal estiver sofrendo com o calor

O primeiro sinal de o que o animal está buscando equilíbrio da temperatura interna é arfar, o que não é nada incomum. Por conta disso, os tutores podem deixar de identificar uma situação que precise de intervenção. Esteja atento às seguintes situações:

– Em dias quentes, deixe-o em um lugar mais frio, como o piso da cozinha;
– Ainda que esteja em local de piso frio, não pode estar abafado; – – – Procure deixar o vento entrar no recinto;
– Não havendo essa possibilidade, recorra ao uso de ventiladores;
– Borrife água fria nas patas, testa, barriga e lombo do seu pet para trazer conforto;
– Não o coloque em uma banheira com água fria! Choque térmico também é prejudicial. Prefira o uso de borrifadores, conforme descrito anteriormente;
– Coloque sobre o piso uma toalha molhada com água fria, o que também auxilia o animal a perder calor. Troque a toalha quando começar a ficar aquecida;
– Se puder, ligue o ar-condicionado por alguns instantes;
– Se, depois de tudo isso, seu animal continuar com o corpo quente, agitado e arfando, procure sem hesitar por uma clínica veterinária.

Fique atento

Em animais portadores de patologias de qualquer ordem, seja renal, cardíaca ou o que for, pode a compensação se tornar mais complexa e menos satisfatória. E, sim, isso pode começar de uma hora para outra, sem aviso prévio. Aliás, alguns tutores só descobrem que seus animais têm disfunção cardíaca justamente depois de passar por uma situação envolvendo altas temperaturas externas.

A respiração acelerada é um bom indicador de que o sistema está buscando compensações, e estas podem ser exitosas nos próximos minutos. Não é necessário entrar em pânico só porque o animal está com respiração acelerada, mas fique atento, pois é um sinal. Em alguns casos, porém, você vai perceber que seu mascote está respirando de uma maneira “estranha”, que pode ser “puxando” o ar para dentro. Esse estágio é crítico e pode não chamar atenção para o sofrimento porque o animal não está arfando. E o motivo é porque não adianta mais, os mecanismos compensatórios estão entrando em colapso e seu animal necessita de urgente intervenção médica.

Se for assim, borrife água gelada no corpo dele durante o transporte até o veterinário. Em situações como essa, seu animal corre risco de morte. A mesma urgência se aplica a animais que forem encontrados inconscientes no chão em dias de muito calor.

Fonte: GZH

    Você viu?

    Ir para o topo