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EXPLORAÇÃO

Bangladesh bane licenças que permitem a adoção de elefantes-asiáticos

Os animais eram explorados em circos, apresentações de rua, além de serem usados para transportar madeira

26 de fevereiro de 2024
Júlia Zanluchi
1 min. de leitura
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Foto: Basile Morin | Wikimedia Commons

O Tribunal Superior de Bangladesh suspendeu de todas as licenças que permitiam que elefantes fossem mantidos em cativeiro. Atualmente, há cerca de 200 elefantes-asiáticos em Bangladesh, com cerca da metade deles vivendo em cativeiro e sendo explorados de alguma maneira.

Anteriormente, a lei permitia que elefantes jovens fossem levados para cativeiro, onde o departamento florestal emitia licenças para grupos madeireiros que usavam os animais para transportar toras. Outros acabavam em grupos circenses, fazendo apresentações fechadas e nas ruas. Tal exploração violava os termos das licenças, afirmou o tribunal.

Bangladesh costumava ser um dos principais habitats para o elefante asiático, mas a caça ilegal e a perda de habitat causaram uma diminuição acentuada em seus números.

Rakibul Haque Emil, chefe do grupo de direitos animais People for Animal Welfare (PAW) Foundation em Bangladesh, disse que foi uma ordem histórica. “Em nome do treinamento de elefantes, licenciados privados, incluindo grupos circenses, separavam filhotes de elefantes de suas mães brutalmente, os acorrentavam por meses e então os torturavam para ensinar truques”, disse ele para a BBC. Emil afirmou ainda que agora há esperança de que elefantes em cativeiro possam ser reabilitados.

O problema recebeu destaque no ano passado, quando um elefante jovem foi morto por um trem após ser explorado para pedir dinheiro nas ruas. Eles frequentemente são pintados com cores vivas e forçados a realizar truques por seus domadores.

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