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Cães com leishmaniose são sacrificados em Três Lagoas, MS

28 de julho de 2010
2 min. de leitura
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O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ)  de Três Lagoas (MS) está concluindo o chamado “Inquérito Canino – 2010”, a exemplo do que foi feito em 2007 e 2009, com o objetivo de detectar e sacrificar animais contaminados por leishmaniose canina.

Seguindo as orientações do Ministério da Saúde, foi feita uma varredura, de casa em casa, em 12 bairros, onde houve registro de casos de leishmaniose humana, nos últimos dois anos. Foram coletadas amostras de sangue de 2.140 cães. Pelos resultados já concluídos até agora, em 189 desse total de animais o resultado foi positivo.

Foto: Carlos Alberto. Arquivo/JP

Esses animais doentes estão sendo recolhidos pelas equipes do CCZ e estão sendo mortos. Além desses, são sacrificados em média, por mês, 300 cães doentes, segundo informou o diretor do CCZ, médico veterinário, Antônio Luiz Teixeira Empke. “Esta medida, de ter que sacrificar o animal comprovadamente doente, tem dado resultados nos índices de casos de leishmaniose humana e canina”, comentou.

“O resultado deste ano, de 8% a 10%, pode ser considerado excelente”, observou. Segundo relatórios do CCZ, em 2007, no primeiro inquérito canino, o índice de cães contaminados chegou a 33% dos exames coletados em mais de oito mil cães. Em 2009 o índice caiu para 23% de casos positivos.

Fonte: Jornal do Povo

Nota da Redação: Mais uma vez vemos as autoridades remediando situações que poderiam ser evitadas. Mais simples do que fazer testes de sangue e sacrificar vários animais, o que exige tempo, dinheiro e crueldade, as autoridades deveriam aplicar seu empenho em campanhas e educação. A leishmaniose é transmitida pela fêmea do inseto Phlebotomus (Velho Mundo) ou Lutzomyia (Novo Mundo). É uma doença que acompanha o ser humano há milênios. É sabido que o inseto hospedeiro vive em lugares de mata silvestre e que já existem repelentes para humanos e coleiras especiais para os cães. É uma doença que tem cura e pode ser facilmente prevenida. Sacrificando esses pobres cães, os agentes da CCZ atacam somente a consequência, ou seja, a causa do problema continuará sendo um risco para os humanos e os animais.

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