Nos últimos meses, mais de 40 cães abandonados que vivem nos terminais de ônibus de Curitiba foram identificados com microchips, castrados e vacinados pela Rede de Proteção Animal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Por meio do projeto Cães Comunitários, cada um deles tem agora um mantenedor voluntário e é monitorado pelos técnicos da Rede.
“Este projeto é maravilhoso, a melhor coisa que já aconteceu por aqui”, diz a dona de casa Ireni de Fátima Pereira da Rosa, que mora em frente ao Terminal de ônibus do Pinheirinho e é mantenedora de quatro cães.
Há 21 anos moradora na região, a dona de casa conta que há pelo menos uma década ela e a filha Geisa cuidam e alimentam os animais que vivem no terminal. “Esta é a primeira vez que a Prefeitura está fazendo algo por eles, agora ficou muito mais fácil para nós”, diz. “Ficamos surpresos e muito felizes com esta iniciativa do poder público.”
Segundo a Rede de Proteção Animal, 41 cães de dez terminais de ônibus de Curitiba já fazem parte do projeto Cães Comunitários. Destes, nove foram oficialmente adotados por famílias e os outros recebem atendimento diário. O mantenedor é responsável pelo fornecimento de água e alimentação e também por informar aos veterinários da Rede sobre qualquer problema de saúde do animal.
“Isso foi um grande avanço, pois antes nós mesmos medicávamos os cães, o que não é correto”, afirma Ireni. “Agora contamos com o atendimento dos veterinários sempre que os animais precisam”, compara.
Com recursos de R$ 200 mil, aprovados pela Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná (FAP), o projeto Cães Comunitários é uma parceria entre a Prefeitura de Curitiba e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A meta é incluir no projeto todos os cães que moram nos 22 terminais de ônibus da cidade, geralmente alimentados e mantidos por funcionários e usuários dos equipamentos ou pela comunidade local.
O diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Alexander Biondo, informa que em várias cidades no mundo os cães e gatos comunitários são atendidos pelo poder público. “Eles passam a fazem parte da fauna urbana e contam com a ajuda e simpatia da população e dos turistas”, explica.
Fonte: Bem Paraná