Cães abandonados em abrigos após a flexibilização do lockdown podem sofrer de estresse e depressão profundos, aponta uma pesquisa feita pela Universidade de Utrecht, na Holanda. Cientistas também descobriram que raças menores, como shih tzus e chihuahuas, experimentam sentimentos negativos ainda mais intensos que cães de maior porte.

O temor de ativistas em defesa dos direitos animais e organizações que acolhem animais está se tornando realidade. Animais comprados e adotados durante o auge da pandemia estão sendo abandonados covardemente em abrigos. Esses animais estão desenvolvendo uma série de transtornos de comportamentos que inviabilizam novas adoções.

A pesquisa comprovou que cães abandonados recentemente estão sofrendo de insônia. Exames de urina também estão apresentando medição anormal de hormônios relacionados ao estresse. “Os cães abandonados apresentaram valores mais elevados do hormônio cortisol na urina do que os cães domésticos que vivem em lares amorosos”, afirma o estudo.

O abandono de animais pós-pandemia pode virar uma verdadeira crise em abrigos. Um estudo feito pela The Kennel Club aponta que um a cada cinco pessoas que adotaram ou compraram animais durante a crise de Covid-19 pretende abandoná-los quando a rotina se normalizar. “Essas consequências podem ser bastante devastadoras para os cães”, conclui a pesquisa.