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Cadelinha de rua que teve perna cortada é adotada em Joinville (SC)

1 de abril de 2011
2 min. de leitura
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Sophia teve uma das patas quase decepadada no bairro Aventureiro e já fez cirurgia

Uma pequena cama improvisada com lençóis é hoje o lugar de Sophia. Uma cadela calma, de olhar triste e perdido que se recupera de uma cirurgia feita na última terça-feira. Sem outro motivo a não ser crueldade, ela teve uma pata quase decepada por uma pessoa sobre quem moradores da vizinhança, no bairro Aventureiro, zona Norte de Joinville, têm apenas poucas pistas.

Luana Ferreira já tinha outros bichinhos quando adotou Sophia. Foto: Claudia Baartsch

No início da semana, veterinários não tiveram escolha a não ser amputar a pata traseira. Mesmo mutilada, a cachorra ganhou um lar e hoje expressa felicidade. Balança a cauda, sinal de que a tutora que a acolheu chegou em casa.

A técnica de enfermagem Luana Marchi Utzig Ferreira, de 33 anos, sempre foi apaixonada por animais. Em casa, além de Sophia, tem dois cachorros e um gato. Mas a cadelinha preta é diferente e tem algo de especial que emociona Luana.

“Quando a encontrei pela primeira vez, ela estava deitada num mato em frente à minha casa. Coitada, nem reagia. Mal abria os olhos. De repente, percebi que a pata estava cortada, aparecendo o osso. Me apeguei e disse a mim mesma que cuidaria dela”, conta.

Luana não pensou duas vezes ao buscar ajuda. “Achei que ia dar para salvar a pata. Mas quando a levei a um especialista, não teve jeito a não ser cortar”, conta ela, que está longe de ter dinheiro sobrando para pagar o custo da cirurgia.

Os R$ 500 estão em aberto, e a técnica planeja economizar no que der para cobrir a despesa.

Antes mesmo de voltar para casa, a cadelinha tornou-se o xodó da família e recebeu o nome de Sophia, escolhido pela filha de Luana, que tem cinco anos. “Ela decidiu. Disse que era bonito. O nome fino – com “ph” –, combina com a cadela educada e amorosa”.

“Ela me emociona por ser tão amável e humilde. Vê os outros comendo e espera acabarem para ir comer. Nunca quis entrar em casa. É minha paixão”.

Recuperando-se em casa, Sophia tem de usar um cone de proteção que a impede de lamber os pontos. Toma antibiótico e recebe curativo todos os dias.

Hoje, alguns moradores desconfiam de quem teria maltratado a cadela. Mas agora, que ela tem uma casa e está bem, isso não importa mais para a tutora.

“As pessoas têm de entender que os animais têm sentimentos. Eles amam e são fiéis com a gente”.

Fonte: Clicrbs

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