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Cadela vítima de maus-tratos sobrevive e passa por cirurgia na mandíbula

9 de março de 2014
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Vida (Foto: Divulgação)
Vida (Foto: Divulgação)

A cadela Vida, encontrada no último dia 12 agonizando no Cemitério da Areia Branca, em Santos, foi submetida nesta sexta-feira (07) a uma cirurgia de reconstituição da mandíbula e passa bem. O animal, agredido com golpes de machado na cabeça, corria riscos por apresentar uma aceleração cardíaca.

Segundo informações da Coordenadoria de Proteção à Vida Animal (Codevida), o animal passará este fim de semana sob cuidados intensivos em uma clínica veterinária e só deverá voltar à sede da Codevida na próxima segunda-feira (10).

Na clínica, veterinários também irão monitorar o problema cardíaco da cadela. Antes da cirurgia, Vida apresentava 200 batimentos por minuto. Porém, a suspeita era de que a taquicardia estivesse relacionada à dor provocada pelo ferimento na mandíbula.

Vida, apelido dado pelos funcionários da Codevida, é uma pitbull de cerca de dois anos. Após ter sido espancada, a cadela foi encontrada com anemia profunda, edema cerebral e fratura na mandíbula.

Após ter sido agredido, o animal foi arrastado com uma corrente e arremessado para dentro de um cemitério. Ao perceber que vizinhos viram toda a ação criminosa, o agressor, tutor da cadela, fugiu do local.

O que diz a lei

O autor da agressão à cadela enquadra-se no artigo 32 da Lei 9.605/98, que indica que a pena para quem pratica ato de abuso, maus-tratos, fere ou mutila animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, é de detenção de três meses, além de multa.

De acordo com uma advogada consultada pela Reportagem, se esta for a primeira infração penal do acusado, cabe a ele o benefício da transação penal.

Trata-se de um acordo entre o promotor de Justiça e o infrator, que se compromete a ajudar uma entidade carente com dinheiro ou prestação de serviço. Se o acertado entre as partes for cumprido, o processo penal é arquivado. Contudo, em caso de reincidência, o autor pode cumprir pena em regime semiaberto.

Fonte: A Tribuna

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