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Cadela vira mãe adotiva e dá de mamar a três porquinhos

19 de julho de 2011
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/EP Piracicaba

A vira-lata Julie, de 2 anos, mal se esparrama pelo chão da chácara em que vive, no bairro Nova Suiça, em Piracicaba (SP), e os três filhotinhos chegam faceiros para a disputada mamada. A feição da cadela de quem pouco entende o que está acontecendo, entretanto, denuncia o traço inusitado da cena: os filhotes, na verdade, são três porquinhos que foram rejeitados pela mãe há 10 dias.

A história de Julie com os leitõezinhos começou quando os filhotes da porca, que mora na chácara vizinha, deixaram de ser amamentados. “A porca deu seis crias e eles estavam morrendo de fome, estavam fracos porque ela não queria amamentar. Três deles morreram e o vizinho trouxe os outros três aqui pra gente ver se conseguia dar o leite na mamadeira para eles”, conta o caseiro Jorge Antônio Cortez.

Mas, exigentes, os filhotes não aceitaram a mamadeira e Cortez conta, de forma bem humorada, que a solução logo veio a sua cabeça. “Na hora que eles recusaram a mamadeira, eu falei pra trazer a Julie e tentar dar de mamar para os porquinhos. Foi na hora.. e deu tudo certo. A Julie salvou a vida dos porquinhos”, comemora.

A vira-lata bonachona estava com leite porque deu cria há pouco mais de um mês. Os porquinhos, agora fortes e bem dispostos, já se alimentam com o leite colocado por Cortez em uma vasilha. Porém, os filhos adotivos de Julie não abandonaram a amamentação. “É só colocar ela deitada que eles vão direto pra mamar nela. Eles são muito carinhosos com ela. Ela também trata eles como se fossem seus filhotes”, diz o caseiro.

A veterinária Marianna Ricciardi Curi, do zoológico municipal, diz que este tipo de “adoção” é incomum, sobretudo, em espécies com parentesco tão distante. “Existem outros animais bem mais próximos do porco que o cachorro. A própria cabra, por exemplo”, explica.

Marianna lembra, entretanto, que esta amamentação entre mamíferos de espécies distintas não é prejudicial. “Mesmo o leite sendo de outro mamífero, ainda assim, é melhor que leite de vaca in natura e leite de caixinha”. Além dos nutrientes, a médica explica que a mamada certamente renderá outros frutos. “Eles vão criar um vínculo com ela e ela também. Com certeza vão se apegar, principalmente, se viverem juntos”.

Veja aqui o vídeo da reportagem.

Fonte: EP Piracicaba

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