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Cadela que teve pata colada com Super Bonder passará por cirurgia

28 de janeiro de 2012
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A cachorra foi avaliada por veterinários da Unesp e passará por cirurgia (Foto: Géro Bonini/Especial para Terra)

A cachorra que teve a pele colada em São Manuel, no interior de São Paulo, deve passar pro cirurgia no dia 1º de fevereiro. A poodle Radija teve parte da pele sobre a pata colada em um procedimento para imobilizar o membro, que está quebrado. O veterinário que a atendeu disse que se tratava de um procedimento normal, inclusive aplicado com sucesso em outros animais.

Na quinta-feira (26), a cadela foi atendida no Hospital Veterinário da Unesp de Botucatu para retirada do restante da cola e realização de novos exames. “Ela passou por uma nova radiografia, que confirmou a fratura no membro anterior. A cachorra passará pelo procedimento normal nesses casos que é a cirurgia para imobilização interna”, explicou o médico Carlos Roberto Teixeira, responsável pelo Departamento de Cirurgia do Hospital.

Ainda de acordo com o veterinário, toda a cola já foi retirada e cadela se recupera bem. “Como já o procedimento normal a raspagem dos pelos para a cirurgia, nós conseguimos retirar o que ainda tinha de cola. A cachorra passou pelos exames pré-operatórios e está reagindo bem”, completou.

A cachorra já tinha passado por outro veterinário após ter a pele colada, que identificou a dermatite causada pelo produto e iniciou o tratamento de recuperação dos ferimentos. De acordo com o tutor, José Luiz Padovan, após a repercussão do fato a Unesp se colocou a disposição para atendê-los. “Por isso decidimos procurar o Hospital, nesta quinta-feira ficamos a tarde toda no local para retirada da cola e na sexta-feira marcamos a cirurgia”, conta.

Ação na Justiça

José Luiz disse também que ele e a mulher devem entrar com uma ação na Justiça contra o veterinário que utilizou a cola na imobilização da pata quebrada. Segundo ele, um novo boletim de ocorrência foi registrado após as declarações do profissional de que ele não havia realizado o Raio-x porque a dona da cachorra não tinha dinheiro.

“Com esse e o outro boletim mais a avaliação dos veterinários, nós vamos procurar um advogado para entrar com uma ação contra o veterinário. Em nenhum momento ele solicitou que fosse feito um exame de Raio-x, como ele declarou na reportagem. Se não tivéssemos dinheiro não teria pago a consulta e o preço da cola utilizada”, afirma.

O veterinário Airton defende que somente a cola não teria causado os ferimentos, que o problema foi a retirada dela. “Tentaram desfazer o procedimento de forma cruel, com um bisturi ou água quente, o que provocou lesões no animal”, justifica Airton Roberto Romão.

A conduta do veterinário é investigada pela Polícia Civil em São Manuel e também pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária, que vai encaminhar o caso para sede em São Paulo para abertura de uma sindicância. De acordo com a delegada regional, o veterinário pode receber uma advertência ou ter exercício profissional suspenso, se forem comprovados os maus-tratos e negligência.

Fonte: G1

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