Cristina Bayer
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A Eneida me contou que teve que sair e fez um outro caminho. Errou completamente o caminho, ela e o marido se perderam. Moram há muitos anos na região e algo como isso não é comum. Como se perder? Nem ela sabia.
Mas tudo tem um motivo, um porquê!
Eis que de repente ela olha na beira da estrada de chão, no mato, e vê uma coisa pequena, se movimentando, sangrando e percebeu que era um cachorrinho (a). Pararam imediatamente e viram que um dia, aquele ser cheio de dor e sangue, sem pelos, só ferida, foi uma cadelinha poodle. Pequena, minúscula, tinha ainda uma coleira e um arame (para comprovar que além de ter sido judiada a prenderam para morrer daquela forma). Não se sabe como, mas o anjo deve ter fugido? Ou ter sido abandonado? Imediatamente a Eneida a pegou e correu para casa com ela. Não sabia nem por onde começar, pois tinha que ter cuidado de pegar, tudo era dor e sofrimento para o pobre animal. Ela é uma mimosinha! Querida, humilde como só os animais sabem ser. Carente, sabia no seu íntimo que um anjo havia aparecido. Ela se rendeu e se deixou cuidar. Ficou quietinha, não tinha mais forças. Nenhuma força.
Agora ela está a salvo. A Eneida está aplicando Cydectin, está dando banhos e antibiótico. Não tem como trazer ao veterinário em Porto Alegre (RS) a cada problema que acontece no universo de 400 animais e já aprendeu a medicar na necessidade. Só traz mesmo quando não tem mais o que fazer.
Se alguém tiver um bom adotante, que tenha condições de ter uma poodle que vai precisar de cuidados com o pelo quando ficar lindinha, banhos, boa ração, carinho, pode mandar o contato. Acreditamos que em uns 2 ou 3 meses esse anjinho esteja irreconhecível. Até lá ficará sendo cuidada com muito amor pela Eneida.
Se alguém quiser e puder doar uma boa ração de filhotes para ela, isso é muito importante. Agora necessita comer algo com muita substância e proteínas para se recuperar. Depois vai necessitar castração e vacinas. Mas só quando estiver bem mais forte e gordinha. Por hora é comer mesmo e ser medicada.
Então se alguém puder doar basta entrar em contato com a Eneida pelo fone (51) 3498-1722 ou e- mail do sítio [email protected] (nem sempre ela consegue abrir, não há sinal). Ou pode passar e-mail para mim que aviso ela.
