Um cadela SRD de cerca de 6 anos de idade, conhecida como Lilica, foi encontrada morta por um casal que cuidava dela. Ela estava caída próximo a um local de 7 metros de altura, em condomínio dentro do Alphaville Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, na última semana. Os cuidadores querem que o caso seja investigado. Eles afirmam que o suposto agressor retirou deles uma “amiga”, em um crime bárbaro.
De acordo com o tutor de Lilica, que pediu para não ter a identidade divulgada, a cadela viveu no condomínio por cerca de quatro anos, durante sua construção. Quando ele foi morar lá com a mulher, desenvolveu um afeto pelo animal e começou a cuidar dela, junto com os outros dois cachorros cocker spaniel inglês que possui.
“Lilica começou a entrar na minha casa e começou a dormir lá. Mas, como ela é muito livre, ela fugia da minha casa e acabei deixando-a à vontade para sair quando quisesse. Ela conseguia até abrir a porta corta-fogo do apartamento. Lilica ia sempre para a portaria, mas sempre voltava para casa”.
Na última sexta-feira (21), porém, ela não apareceu. O casal começou a procurar por ela e acabou encontrando a cadela morta próxima a um prédio. No local, o homem disse ter visto indícios de que ela tenha sido jogada de uma altura de 7 metros, devido aos rastros de sangue. “Eu tive medo de, nesses passeios dela, eu nunca mais encontrá-la. Nesse dia, aconteceu”, relembrou.
A Polícia Militar (PM) foi chamada, e um boletim de ocorrência foi registrado. De acordo com os militares, a cadela também teria sido agredida por pauladas. Até o momento, ninguém foi preso.
Represália
A suspeita do tutor de Lilica é de que um dos moradores da região tenha cometido o crime, já que a maioria deles era contra a presença de um cachorro de rua no condomínio e teriam chegado a ameaçar o homem e o animal. “‘Se não tirar esse cachorro da forma legal, vamos tirar por outros meios’ e também diziam ‘vou pegar esse cachorro, jogar no saco e jogar no viaduto da Mutuca’”, disse o tutor.
O homem pensa até em se mudar do local. “Perdi uma grande amiga. Ela era saudável, vacinada, tinha uma energia fantástica, era dócil, nunca mordeu ninguém e fizeram essa brutalidade com ela”, desabafou emocionado.
A Polícia Civil não retornou às ligações da reportagem de O TEMPO para informar o andamento das investigações.
Fonte: O Tempo