Uma cadela doente e debilitada foi encontrada ao lado de uma estrada rural na Geórgia (Estados Unidos) com frio, fome e grávida de uma ninhada de filhotes. E nenhum tutor à vista. O caso ocorreu em janeiro de 2018.
Ela vagou pela zona rural do condado de Bartow, na Geórgia, por aproximadamente duas semanas, até que alguém a levou para Caroline Claffey, uma voluntária do Cherokee County Humane, abrigo local.
A cachorrinha tinha medo das pessoas e se recusava a comer.
“Seus dentes estavam todos quebrados e chatos, o que nos diz que eles foram deliberadamente lixados ou ela os quebrou provavelmente mastigando as barras da gaiola e ela claramente teve muitas ninhadas de filhotes. Suas tetas estavam infectadas e muito desgastadas, a ponto de a maioria delas nem sequer produzir leite”, disse Claffey, chorando, sobre o cachorro que ela chamou de Kiah, que significa “novo começo”.
Quando a cadelinha fez radiografias no veterinário, foram percebidos projéteis de espingarda perto de sua coluna, indicando que ela havia sido baleada em algum momento.
O veterinário estimou que Kiah, como agora é chamada, tinha quatro anos e realizou uma cesariana de emergência em um esforço para salvar sua vida – mas os filhotes dentro dela já estavam mortos há vários dias.
Quando uma cadela dá à luz um filhote natimorto, ela tem a oportunidade de cheirá-lo e vê-lo e entender o que aconteceu e aceitar que ele morreu.
“Seus hormônios estão em alta. Eles estão dizendo a ela que ela é mãe, mas ela não tem nenhum bebê para cuidar. Então, ela está apenas triste”, disse Caroline que tentou apresentá-la a outra ninhada, mas que Kiah até rosnou para eles. “Eu acho que ela teve tantos filhotes que ela não gosta muito de filhotes em geral, ela apenas se perguntou onde estavam os dela”, completa ela.
Caroline, que adotou Kiah, então deu à cadelinha alguns bichos de pelúcia para serem seus filhotes substitutos.
“Quando eu os coloquei na caixa dela, eu não sabia dizer se ela gostou deles ou se ela estava apenas chateada por eu estar colocando coisas em sua cama. Mas eu fui ver como ela estava algumas horas depois e ela os reuniu todos perto dela e tinha a cabeça apoiada neles. E se eu os movesse, ela os seguiria. Então, isso ajuda um pouco “, disse Caroline.
Fisicamente, Kiah se recuperou muito bem. Os cuidados a partir de então envolveriam sua saúde mental, além de medicá-la para a dirofilariose. A Humane Society, na época, afirmou ao site Alive que a colocaria para adoção e tentaria encontrar um lar amoroso para ela quando ela se sentisse melhor.
“Ela tem um lar comigo pelo tempo que for preciso. Mas, em última análise, o objetivo é encontrar alguém que a ame e a mantenha para sempre”, disse Caroline.