Por Camila Chittolina (em colaboração para a ANDA)
Não é nenhuma novidade para os protetores o descaso do ser humano para diversas questões relacionadas à causa animal. Mas o tema vem ganhando maior visibilidade na mídia e isto se deve às redes sociais, canal de comunicação amplamente utilizado pelos ativistas e protetores da causa animal. E em consequência disto, diversas situações são resolvidas devido ao poder de viralização que as postagens alcançam, em segundos chegando informações para muitas pessoas. Por outro lado, é através deste mesmo canal, que protetores também se deparam com casos de extrema gravidade e que, apesar de muitos compartilhamentos, a situação permanece inalterada. Pois foi exatamente isto que aconteceu com a cadela idosa Vitória. O nome foi escolhido pela protetora Paula Elias Jabur.
Segundo Paula, as redes sociais levantaram o caso, dando conta de que uma cadela estava há três dias agonizando após ter sido atropelada e ninguém teria prestado socorro. Mas a protetora, por ter mais de 65 animais que mantém por conta própria, apenas compartilhou, pensando que alguém iria resgatar a pobre Vitória. A surpresa aconteceu quando ela retornava para casa naquele dia, decidiu passar por lá para saber onde teriam levado a cadela. “Não queria acreditar, mas a cadela permanecia lá, fedia e tremia, com buracos enormes, já com miíases e mesmo com empresas próximas ao local, nada fizeram. Nossa primeira reação foi de revolta, mas deixamos de lado esta questão e corremos com ela para uma clínica de emergência” relata a protetora.
Após a internação da Vitória, que segue em cuidados com sérios problemas por causa das miíases, Paula fez uma campanha nas redes sociais, pedindo apoio para o tratamento da cadela que será longo, pois Vitória corre risco de ficar paraplégica..
“Embora tenhamos passado naquele local e resgatarmos, mesmo sem termos condições, ficamos perplexos como as empresas são negligentes ao tema. Onde está a responsabilidade socioambiental tão em alta na atualidade? Esquecem os gestores que marcas que atuam e apóiam ações relacionadas a estes temas são bem vistas e têm sua imagem positiva”, desabafa o empresário Namir Elias e marido da protetora. Namir se refere às empresas uma de embalagens, chamada Flexpel e outra de pintura Eletrostática. “Sempre tem alguém que presencia a situação. Então, como não prestar socorro? Até quando as autoridades, as empresas e a sociedade irão negligenciar não só o sofrimento de pessoas como também dos animais”,conclui.
Devido aos sérios problemas que irão enfrentar até a recuperação da cadela Vitória, o casal Paula e Namir está realizando campanha para o tratamento da cadela. Quem quiser colaborar, poderá fazer diretamente à Clínica Vida Animal, telefone: 48- 32455580, dizendo que querem ajudar a cadela Vitória da protetora Paula Jabur.
Informações também pelo Facebook da protetora.