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Cadela esfaqueada agoniza durante 12 horas antes de ser socorrida

16 de julho de 2018
2 min. de leitura
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Uma cachorra foi esfaqueada por volta das 23 horas deste sábado (14) no bairro Estância São Paulo, em Campo Limpo Paulista (SP). Um morador local (que prefere não se identificar) ouviu o espancamento e os gritos – tanto do animal quanto do agressor. Com medo ele não tomou providências de imediato.

(Foto: Divulgação)

No entanto, por volta das 2 horas da manhã, o homem diz ter telefonado para a Polícia Militar, que teria lhe explicado que por ser um local de difícil acesso e pelo horário, não poderia comparecer. Já por volta das 11 horas do último domingo – ou seja, depois da cadela ficar 12 horas sangrando ao relento -, com mais pessoas sabendo do caso, um novo telefonema de socorro foi feito à PM, que esteve no local, segundo informações do Rs Notícias.

O agressor não estava em casa e, com um vizinho, os PMs socorreram a cachorra na viatura. Eles a levaram para uma clínica veterinária. Na clínica, ela foi medicada e está recebendo soro. Os ferimentos, apesar de aparentemente bastante assustadores, a princípio não atingiram nenhum órgão ou artéria que coloque o animal em risco.

“Mas ainda é cedo. Vamos fazer exames mais elaborados nesta segunda-feira para só então poder dar um diagnóstico melhor, até para cuidar melhor dos ferimentos, que ainda estão muito sujos”, disse a veterinária Mayra Galhardo. “Mesmo assim o estado de saúde é bem complicado, ela está bem debilitada”, completou.

Segundo Mayra, os ferimentos atingiram pele e músculo. “Foram pelo menos sete facadas, na região da cabeça, pescoço, face e ombro”, salientou. De acordo com a testemunha, já com a cachorra toda perfurada, o agressor a levantava e a jogava com violência no chão.

Revolta

Protetores e simpatizantes da causa animal da região estão se articulando para elaborar um boletim de ocorrência na Polícia Civil e pedir providências. Ativistas de Campo Limpo Paulista, inclusive do Abrigo Independente Amigo Fiel, também acompanham o caso, sobretudo na questão do atendimento veterinário. Segundo apurou a reportagem, na casa existem outros animais, inclusive filhotes da cachorra que foi esfaqueada. Os protetores querem organizar um movimento para retirar os animais da responsabilidade do agressor.

O crime

O crime de maus-tratos contra animais é considerado de menor potencial ofensivo, previsto no Artigo 32 dos Crimes Contra o Meio Ambiente (Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos). A pena é detenção de 3 meses a um ano e multa. A reportagem conversou com um advogado especialista em causa animal, que explicou que, em caso da morte do animal, essa pena pode acrescer, não passando de dois anos, mantendo-se como de menor potencial ofensivo. A reportagem tentou contato com a Polícia Militar para falar sobre o não atendimento no chamado feito ainda de madrugada, mas até o momento não obteve resposta.

Fonte: Itupeva Agora

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