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Cadela é escalpelada e perde orelha em tortura por suposta vingança de ex

15 de maio de 2015
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Estado da cachorra Belinha após tortura comoveu moradores de Petrópolis (Foto: Rosana Portugal / Arquivo Pessoal)
Estado da cachorra Belinha após tortura comoveu moradores de Petrópolis (Foto: Rosana Portugal / Arquivo Pessoal)

A tortura de uma cachorra por uma suposta vingança contra a ex-mulher causou comoção e indignou moradores de Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Uma entidade que presta assistência aos animais divulgou o caso na tarde desta quinta-feira (14). Belinha, uma SRD com cerca de 3 anos, foi encontrada na quarta (13), à beira da morte, pela própria tutora, que cuida de outros 16 cães. Ao chegar em casa, ela viu a cadela dentro de uma banheira com uma orelha cortada e quase 40% da pele, maior parte na área da barriga, arrancada. Belinha estava tão ferida, que a dona chegou a pensar que ela estivesse morta. Após pedir ajuda, a mulher, que não quis se identificar, denunciou o ex-marido.
Segundo a Polícia Militar, o homem foi encaminhado à delegacia para prestar depoimento. Os agentes informaram, ainda, que crimes como esse são inafiançáveis, mas a reportagem do G1 não conseguiu informações da Polícia Civil sobre o caso, apenas que testemunhas estavam prestando depoimento.
A coordenadora de bem-estar animal, Rosana Portugal, encaminhou a cadela à veterinária onde recebe os devidos cuidados. Ela conta que foi acionada pela tutora da cachorra, que ficou em estado de choque.
“A cadela estava com muita dor, mas mostrou que sabia que estava sendo cuidada. Ela teve a orelha esquerda decepada e picotada de forma muito bruta, com uma tesoura ou faca. Além de ter sido cruelmente escalpelada. Ela teve a pele costurada, mas grande parte foi perdida”, conta Rosana.
Apesar dos ferimentos, Rosana explica que o quadro de Belinha é considerado estável, mas seu processo de recuperação deve levar de 30 a 40 dias, e que, mesmo assim, os danos psicológicos no animal são grandes.
Campanha de adoção
A tutora de Belinha participa ativamente de campanhas para adoção de animais. O terreno onde ficam os cachorros é usado como lar provisório. Há pouco mais de um mês, uma campanha de adoção diminuiu de 47 para 17 o número de cachorros no local, entre eles, Belinha.
Enquanto Belinha é cuidada, duas campanhas são feitas simultaneamente na cidade. Uma tem como objetivo arrecadar dinheiro para o tratamento da cachorra. Outra, visa a adoção provisória ou definitiva dos outros cachorros que continuam no terreno. O contato com a Clínica Veterinária Saúde Animal, que faz o tratamento, pode ser feito através do telefone (24) 2249-1822. Para informações sobre a adoção dos outros 16 animais, os interessados podem ligar para a Coordenadoria de Bem- Estar Animal no telefone (24) 2246-9140.
Fonte: G1

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