Uma cadela que vive em situação de rua caiu em bueiro e passou horas presa no local até ser vista por moradores que acionaram o Corpo de Bombeiros para fazer o resgate. O salvamento da cachorrinha, que foi apelidada de “Marrom” pelas pessoas que acompanharam o trabalho, emocionou quem estava no local.
Ela foi encontrada por volta das 9h deste domingo (19), no sumidouro que fica no cruzamento das ruas Carlinda Pereira Contar e Lise Rose, no Bairro Danúbio Azul, região norte de Campo Grande (MS). De acordo com Antônio Alves Pereira, de 58 anos, chefe de serviços gerais, não é a primeira vez que a cadela cai naquele bueiro. Ele, que trabalha em obra próximo ao local, conta que há cerca de dois meses tirou o mesmo animal da vala. “Consegui amarrar uma corda e tirar”.
O comerciante Alberto Vicente de Lima, de 47 anos, que passava pelo cruzamento, passeando com os cachorros dele, também ficou para acompanhar o resgate e lamentou ver a cadela naquela situação. “Uma pena”.
Mas, foi um detalhe a mais que comoveu a plateia. Ninguém sabe há quanto tempo a cadela estava presa na boca de lobo, se desde a noite anterior ou se caiu pela manhã. Só que quem também estava por ali quando “Marrom” foi encontrada e não arredou as patas do local enquanto os bombeiros trabalhavam era outro cachorro, branco com manchas amarelas pelo corpo. Que parecia muito preocupado com a companheira.
O amigo fiel foi presenteado com lambidas de “Marrom” logo que ela ganhou a liberdade e a dupla canina ganhou ração e água comprados em uma pet shop nas proximidades por um ciclista.
Para trazer o animal de volta à superfície, militares utilizaram um cambão. “Marrom” não se machucou com a queda, mas está aparentemente doente. A suspeita é que ela tenha leishmaniose. Por isso, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) também foi chamado e ficou de enviar equipe ao local para que ela seja recolhida.
Moradores sinalizaram o buraco aberto e comentaram do perigo que são as bocas de lobo sem grade, possivelmente furtadas para a venda do metal em ferro-velho. Assim como um cachorro, uma pessoa pode se acidentar.
Na calçada da Rua Carlinda Pereira Contar, havia um cavalete da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) em meio a um amontoado de entulho. A placa foi usada para alertar sobre a vala aberta, junto de galhos de árvore.
Fonte: Campo Grande News
