Uma cadela está desde sexta-feira (25) sem conseguir comer e beber água após atacar um ouriço no Jardim Universal, em Araraquara (SP), e ficar com espinhos no focinho. Moradores do bairro dizem ter acionado o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade para resolver o problema do animal que não tem tutor, mas uma equipe teria ido até o local sem conseguir capturar a cadela para retirar os espinhos.
A Ouvidoria do Centro de Triagem e Acolhimento de Animais (CTAA) informou nesta terça-feira (29) que já tentou por três vezes capturar a cadela, mas ela foge para a área extensa de uma chácara, o que dificulta o trabalho. Já o Corpo de Bombeiros declarou que aguarda uma solicitação da família que acompanha o caso para tentar imobilizar o bicho com um dardo tranquilizante. Isso deverá ocorrer ainda esta tarde assim que o animal estiver pelas redondezas.
Segundo a dona de casa Edina Regina Guideli os espinhos ficaram presos no focinho do animal na noite de sexta-feira (25) após uma briga envolvendo outro cachorro. Desde então os moradores tentam conseguir ajuda para tratar os ferimentos. O caso foi parar na rede social e já tem mais de mil compartilhamentos. “Até hoje o CCZ não fez nada, liguei pedindo ajuda de novo, disseram que viriam, não vieram, depois liguei de novo e atendente disse que não sabia do caso, um verdadeiro descaso”, disse.
Durante a tarde, uma equipe do centro de zoonoses foi duas vezes até o local, segundo a estudante Gabriela Estievano. “Da primeira vez vieram e espantaram e depois voltaram dizendo que não tinham gaiola para conseguir colocá-la”, afirmou.
O CTAA afirma que foi ao local quando solicitado com um veículo apropriado para transporte de carga viva. Durante a manhã desta terça-feira uma equipe voltou ao bairro. A família também pediu ajuda a dois laçadores que trabalham com gado, mas eles não conseguiram capturar a cadela.
Arisca
Segundo os moradores, a cadela é arisca e pouco dócil, o que dificulta o socorro. “Faz uns dois anos que ela vive por aqui, mas só aparece para comer e beber”, explicou a estudante.
Veterinários também foram acionados para tentar retirar os espinhos, mas também tiveram dificuldades. “Para poder aplicar um pré-anestésico ela precisaria de uma armadilha ou um dardo e só gente especializada como os bombeiros ou o pessoal do CCZ para fazer isso”, comentou a veterinária Carla da Rocha. “Eu tentei chegar perto dela, mas ela fugiu para o meio do mato e o lugar é muito grande, não ajuda”.
Segundo Gabriela, o Corpo de Bombeiros foi acionado. “Ligamos disseram que precisavam da dosagem para colocar no dardo que eles tinham, pedimos para a veterinária, ela passou, acionamos os bombeiros de novo e depois disseram que não tinham os dardos, enquanto isso ela fica sem comer e beber”, comentou.
Fonte: G1