Após viver momentos terríveis em um matadouro de cachorros na China, a dálmata Emma Roo teve sua vida transformada pela adoção. Na cidade chinesa de Xi’An, a cadela teve suas patas dianteiras e parte dos dedos traseiros mutilados, o que lhe obrigou a viver com sequelas definitivas. Além da deficiência, ela também tinha cortes nas orelhas e no rabo.
Apesar de ter apenas oito meses de idade quando foi resgatada, a cadela já conhecia de perto o lado mais sombrio do ser humano. Seu sofrimento, porém, chegou ao fim em 2017. Retirada do matadouro, ela foi levada a uma clínica veterinária em Pequim.
Após receber os cuidados necessários, Emma foi adotada. Porém, dois anos depois, a família a devolveu como se ela fosse um objeto descartável. Foi então que voluntários norte-americanos decidiram levá-la aos Estados Unidos.
Ao saber da história da cadela, Misha Rackcliff Hunt sentiu que ela tinha que se tornar um membro de sua família. A jovem de 27 anos, moradora de Charleston, na Carolina do Sul, levou a dálmata para casa e passou a dedicar-se a curar seus traumas, que eram muitos.
“Emma tem medo de qualquer som de motosserra, como secadores de cabelo, aspiradores de pó e cortadores de grama. Quando eu a trouxe para casa, ela gritou toda vez que saiu do quarto. Ele sempre protegeu sua comida e seus brinquedos. Em um ponto, ela até manteve peças aleatórias das minhas roupas porque ela estava com medo que elas fossem tiradas”, contou Misha.
Decidida a não desistir da cadela, Misha contratou um terapeuta para ajudá-la. Com o reforço, a socialização de Emma tem funcionado e aos poucos ela tem se adaptado.
A tutora também conseguiu uma cadeira de rodas e próteses para a cadela, que consegue se locomover de maneira mais confortável com a ajuda dos equipamentos. Com eles, ela faz passeios e se diverte. Seu lugar preferido é a praia.
“A praia é perfeita para ela porque pode correr livremente na areia fofa. Na verdade, chorei quando vi o quão feliz ele estava”, concluiu Misha.