Anete Simões
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Tem como não chorar?
No último sábado, 12, ao chegarmos a uma feira livre para organizarmos a “Feira de Adoção”, encontramos 12 filhotes abandonados: oito deles com aproximadamente 40 dias e, pasmem, quatro deles com apenas algumas horas de vida.
Todos estavam amontoados dentro de uma caixa. Ficamos desnorteados, sem saber o que fazer. Por termos ficado dois finais de semana sem realizarmos feiras (por causa do mau tempo), estávamos cheios de filhotes em hospedagens. Bebês tão pequenos como os recém-encontrados precisam mamar de duas em duas horas, inclusive à noite.
Foi quando, em dado momento, apareceu uma cadela de rua, CASTRADA e se aproximou dos bebês recém nascidos. Deitou perto da caixinha e começou a tomar conta deles.
Ela não deixava mais ninguém se aproximar.
Com cuidado, colocamos os bebês perto dela, que começou a acariciá-los e tentar oferecer-lhes o seu leite, ainda inexistente. Este é o verdadeiro sentido da maternidade.
Passadas algumas horas, o leite foi chegando aos poucos e a mamãe já estava inteiramente integrada com seus novos filhos, dos quais cuida como se os tivesse gerado.
Nós a batizamos de Vida.
Fica então a pergunta: Por que nem todos os humanos agem desta forma?