A cadela que foi arrastada por seu antigo tutor pelas ruas de Presidente Epitácio no último domingo (15) já se recupera das lesões em um novo lar. O animal foi acolhido pela dona de casa Heide Christine de Castro, que é fundadora da Associação dos Defensores de Animais de Presidente Epitácio (Adape).
A senhora já adotou 20 cães, que ficam no quintal de sua residência e recebem cuidados de toda a família. Agora, como o espaço já está pequeno para tantos animais, a solução é encaminhá-los para outros abrigos.
A Adape sobrevive por meio de doações e apoio de voluntários. No lar os cães ganham alimentação, água e muito carinho. “Mesmo vendo coisas que magoam e nos deixam tristes, como um animal doente ou acidentado, é compensador o carinho que você dá e recebe deles. Quando isso acontece, o dia está ganho”, disse a voluntária Vera Lúcia de Oliveira.
A entidade abriga aproximadamente 30 cachorros que sofreram maus-tratos ou foram abandonados. Os membros da associação lutam na justiça para que o homem que arrastou a cachorra seja punido.
O animal teve a coleira amarrada por um fio de nylon em uma motocicleta. As patas e as pernas ficaram lesionadas, mas agora os machucados já cicatrizam e a cadela voltou a andar.
O caso chocou os moradores do município. O ex-tutor do animal, que estava embriagado, decidiu punir a cachorra por ter fugido de casa e só parou quando os vizinhos interviram. Ele foi encaminhado para a delegacia e preso, mas pagou fiança e foi liberado. “Se não quer o animal, não adote, não recolha. Deixe para quem ama os animais de verdade. Eu acho muito triste essa situação”, contou a dona de casa.
Fonte: G1.