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Cadela adota filhotes de gato encontrados em forro de casa

19 de dezembro de 2013
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A professora Silvana Stipp, de 23 anos, ficou surpresa quando viu que a cadela da família havia adotado dois filhotes de gato. Ela mora em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, e achou curioso o afeto que a cadela criou pelos gatos. “Nossa. Ninguém acreditava”, disse a professora.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Silvana conta que uma gata deixou os filhotes no forro da casa da mãe dela, que decidiu colocar os animais em uma caixa na garagem. Naquela noite, a cadela, que é chamada de Nina, não dormiu e latiu o tempo todo. No dia seguinte, a família decidiu soltar Nina perto dos filhotes, que são duas fêmeas.

“Ela queria chegar perto dos gatinhos, mas eles não queriam. Estavam bravos. Depois, eles ficaram mais mansinhos. Ela lambe os filhotes e quando eles saem de perto, ela pega eles com a boca e leva para a casinha dela. Ela é muito dócil, dá muito carinho para eles”, contou a professora.

Nina começou a produzir leite e isso também chamou a atenção de Silvana. Ela lembrou que já faz um ano que a cadela teve filhote. Entre os horários de intervalo no trabalho em um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) da cidade, Silvana passa na casa da mãe para ver como estão os filhotes e a Nina. “Eu já estou começando a dar comida. Eu coloco pão com leite e fico acompanhado, para ver se está tudo bem”.

A família pretende ficar com os gatos, já que todos gostam de animais. Um dos fatores que explica esta aproximação entre espécies diferentes é a questão da evolução dos animais. O professor do curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Paulo Parreira afirma que os filhotes, naturalmente, são sedutores. “Eles têm olhos grandes, fisionomia mais delicada, por exemplo, justamente para despertar o lado de proteção, seja de quem for. Obviamente, isso pode variar de animal para animal, mas é incomum cães ou outros animais adultos machucarem filhotes”.

A sedução dos filhotes não é fator exclusivo e determinante para a adoção. O professor explicou que uma fêmea, que tem uma habilidade materna boa, acaba adotando filhotes. Ele cita ainda que é comum esse comportamento nas fêmeas que saíram do cio há pouco tempo e naquelas que tiveram casos recorrentes de gestação psicológicas. Segundo Parreira, todas essas situações são comuns em fêmeas, porém, pode ocorrer de machos adotarem filhotes do outra espécie.

Com relação à produção de leite, a explicação está no estímulo dos filhotes e a resposta hormonal do animal. “O filhote está com fome e procura a glândula da mãe, da fêmea, e o estimulo de sucção vai fazer com que todo o ciclo hormonal seja estimulado tendo a produção de leite”, detalhou o veterinário.

O vínculo estabelecido entre as espécies permanece após o crescimento dos filhotes. Então, se os animais continuarem a conviver, serão sempre familiares uns aos outros.

Fonte: G1

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