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SÃO PAULO

Cadela adota gatinho órfão após perder filhote prematuramente

15 de novembro de 2021
Bruna Araújo | Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Lucas Henrique Barbosa/Arquivo pessoal

O amor puro e sincero dos animais desconhece os limites da espécie e a prova disso é o caso da cadelinha Nina. Ela perdeu recentemente seu filhote, que morreu prematuramente, e quando o seu tutor, o ativista Lucas Guimarães, acolheu um gatinho órfão abandonado, a cadelinha imediatamente assumiu o papel de mãe e protetora do bebê indefeso.

“Como eu já trabalho ajudando animais em situação de rua, alguém achou que eu ia cuidar do filhote e abandonou no portão de casa. Colocaram o gato dentro de uma sacola e a amarraram no portão. Ele ficou miando demais, aí a senhora que cuida da minha avó viu e pegou. Quando eu cheguei em casa, tive a surpresa”, disse Lucas ao G1.

Ele conta ainda que não tinha intenção de adotar mais um animal, pois já tutela oito cães e três gatinhos, todos encontrados em situação de abandono e resgatados, mas não conseguiu ignorar a situação do gatinho, muito jovem e frágil. O jovem decidiu que cuidará do filhote até que ele esteja forte para ser disponibilizado para adoção.

Foto: Lucas Henrique Barbosa/Arquivo pessoal

O vínculo entre Nina e o bebê foi espontâneo. “Comecei a pesquisar como fazia pra cuidar. Comprei uma mamadeira pra dar leite, mas a minha cachorrinha perdeu um filhote recentemente e ficava desesperada de ver ele chorar, miar. Aí um dia eu coloquei perto dela e ela já começou a dar banho, foi criando vínculo entre eles”, explica Lucas.

O ativista esclarece também que a cadelinha tem aproximadamente 10 anos e, por ser idosa e única fêmea, não foi castrada. Ela ainda entra no cio e num momento de distração, ela cruzou com um dos cães que vivem na casa. Ela engravidou e nasceu apenas um bebê

Lucas contou que Nina tem aproximadamente 10 anos de idade e, por ser mais velha, é a única fêmea dele que não foi castrada. Ele disse que a separa dos outros cães quando está no período de cio, mas por um descuido, ela engravidou recentemente de outro cachorro da casa. “Nasceu um filhote só, mas ele morreu depois de uma semana de vida”.

O elo entre a cadela e o bebê é tão profundo que ela vai ao encontro dele toda vez que o ouve chorar e passou a estimular os genitais do filhote para que ele faça as necessidades. O gatinho também buscou as mamas de Nina e o ato sugar fez com que a cadela começasse a produzir leite, mas Lucas continua suplementando com uma seringa.

Foto: Lucas Henrique Barbosa/Arquivo pessoal

A veterinária Lizandra Evangelista Alves afirmou que casos como o da cadelinha não são incomuns e não há nada de errado. “É normal porque, quando as fêmeas têm cria, elas ficam com o instinto materno aflorado, os hormônios, então elas acolhem, ficam mais receptivas aos outros filhotes”, pontuou em uma entrevista ao G1.

Ela alerta que o único ponto a ser observado é se há alterações comportamentais nos animais. “Não vai atrapalhar em nada. Ela vai cuidar como se fosse dela. Tem gato e cachorro que se dão super bem, então vai ser normal, como mãe e filho mesmo. Agora é acompanhar pra ver se o gatinho está se desenvolvendo bem, se o leite está sendo suficiente, principalmente nos dias de recém-nascido”, finalizou.

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