A pequena cidade de Guaporema tem pouco mais de 2 mil habitantes e guarda uma história que deveria parar em um gibi.
A cadela Faísca é brava para defender a cria, só que os filhotes são dois tatus. Ela cuida dos animais como se fossem dela, quer os animais por perto e até tenta carregar os filhotinhos na boca.
A funcionária pública Dina Alves, tutora da cadela, conta que o marido levou os animais para casa para que não morressem de fome depois que a mãe deles foi atropelada por um trator em uma lavoura de cana.
A cena mais bonita dessa demonstração de carinho, ou instinto da natureza, é ver os filhotes se aconchegando na teta da cadela. As diferenças nessa hora parecem nem existir, mas o veterinário Maicon da Silva explica que é possível, sim, a cadela produzir leite sem nunca ter tido cria antes.
Depois dessa surpresa da natureza, Dina conta que não teve mais sossego, os vizinhos chamam o dia todo querendo ver os tatus mamarem.
Ela sabe que não pode cuidar de animais silvestres em casa e que a qualquer momento, eles podem ser levados por um órgão ambiental, mas já se alegra de ter pelo menos salvado a vida dos filhotinhos. “Eu me sinto orgulhosa, eles já me conquistaram e eu já conquistei eles”, diz.
Segundo o Instituto Ambiental do Paraná, Dina não está cometendo nenhuma infração. Sem a ajuda dela, os tatus, provavelmente, não sobreviveriam só que quando os animais chegarem a idade adulta, devem ser soltos na natureza.
Fonte: G1