A carne de cachorro tem se tornado cada vez mais impopular nos países asiáticos. Em janeiro, a Coreia do Sul se juntou à China, Taiwan, Tailândia e Singapura na proibição do comércio de carne de cachorro. A carne de gato às vezes também é proibida em alguns locais.
As proibições também se espalharam regionalmente, da província de Siem Reap no Camboja ao estado de Nagaland na Índia. A fiscalização está sendo reforçada. Em fevereiro, autoridades em Hong Kong prenderam cinco vietnamitas flagrados vendendo carne congelada de cachorro e gato. Mesmo no Vietnã, onde o comércio ainda é legal, as lojas estão fechando.
A primeira razão é o aumento na adoção de animais domésticos. À medida que os asiáticos têm menos filhos, os cachorros e gatos se tornam a companhia preferida. A Coreia do Sul e Taiwan têm tantos cães e gatos domésticos quanto crianças com 14 anos ou menos, e na Tailândia, esses animais superam as crianças em cerca de 7 milhões.
A segunda razão são os esforços persistentes dos ativistas. ONGs como Dog Meat Free Indonesia (DMFI) canalizam a atenção global em parcerias com celebridades ocidentais, como o comediante Ricky Gervais. Além disso, eles pressionam a aplicação da lei para prender traficantes e participam de incursões em matadouros de cães.
A última razão para a mudança são as redes sociais, visto que os asiáticos representam mais de 60% dos usuários. Online, o conteúdo sobre animais domésticos é muito popular. Ativistas astutos combinam vídeos virais de abuso animal com chamadas à ação, enquanto Prabowo Subianto, o próximo presidente da Indonésia, conquistou jovens eleitores através de vídeos no Instagram acariciando seu gato.
À medida que os animais começam a ser mais amados, as pessoas começam a respeitar e lutar mais pelos seus direitos.