Uma ovelha em Yorkshire, no Reino Unido, foi condenada à morte após contrair gripe aviária H5N1, marcando o primeiro caso confirmado no mundo da infecção pelo vírus nessa espécie. A confirmação foi feita pelo Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais (Defra), após testes repetidos detectarem a presença do vírus no leite do animal.
A ovelha estava em uma propriedade onde aves em cativeiro já haviam sido infectadas pela gripe aviária. O Defra, que vem monitorando mamíferos em locais com histórico do vírus desde o surto em vacas leiteiras nos EUA, afirmou que nenhum outro animal do rebanho testou positivo. Medidas rigorosas de biossegurança foram implementadas para conter possíveis contágios.
A maioria das ovelhas britânicas vive em pastagens abertas, o que aumenta a exposição a aves selvagens e outros animais potencialmente infectados. O caso acende um alerta sobre a capacidade do vírus de saltar para espécies até então consideradas pouco vulneráveis.
O registro no Reino Unido se soma a uma lista crescente de mamíferos infectados pelo H5N1. Recentemente, o vírus surpreendeu ao se espalhar entre rebanhos de bois nos EUA, cenário que especialistas consideravam improvável até então.
Apesar disso, a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) avalia que o risco para humanos ainda é “muito baixo”, mas recomenda evitar contato com aves selvagens doentes ou mortas. Até o momento, casos humanos têm sido raros e associados a exposição direta a animais infectados.
No entanto, um adolescente no Canadá foi hospitalizado em novembro de 2024 após contrair gripe aviária sem histórico de trabalho em fazendas – ele teve contato com répteis e animais domésticos, indicando possíveis vias alternativas de transmissão. Autoridades globais seguem em alerta para eventuais mutações que facilitem o contágio entre humanos.